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    Lula chama líderes da Câmara para reunião na terça-feira (31)

    Presidente vai cobrar empenho para aprovar prioridades do governo ainda neste ano; encontro com senadores será na próxima semana

    Larissa RodriguesPedro TeixeiraBrenda Silvada CNN* , Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcou para os próximos dias duas reuniões com o Conselho de Coalizão.

    • A primeira será nesta terça-feira (30), com líderes da Câmara, às 10h.
    • A segunda, com senadores, será na próxima semana.

    Serão os primeiros encontros do grupo, formado por líderes da Câmara dos deputados e presidentes dos partidos da base governista, desde a reforma ministerial promovida em setembro e a troca no comando da Caixa Econômica Federal para agradar o Centrão.

    A expectativa do Planalto é acelerar a votação das pautas econômicas consideradas prioritárias para governo antes do recesso parlamentar.

    Também devem participar do encontro os ministros:

    • Fernando Haddad (Fazenda),
    • Simone Tebet (Planejamento e Orçamento),
    • e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

    Regressiva para o fim do ano

    Os deputados e senadores têm cerca de oito semanas até o fim de 2023 para votar as propostas relacionadas ao Orçamento de 2024 e projetos prioritários para o governo com o objetivo de aumentar a arrecadação no próximo ano.

    Entre as propostas discutidas está a que muda as regras de tributação dos incentivos fiscais de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

    VÍDEO – Centrão aumenta pressão por vice-presidências da Caixa

    Mais propostas e emendas

    Nesta segunda-feira, Haddad admitiu, no entanto, a possibilidade de antecipar o envio de mais propostas para o Congresso Nacional ainda em 2023, a fim de evitar a proposta feita pelo ministro de zerar o déficit fiscal em 2024.

    “O meu papel é buscar o equilíbrio fiscal, farei isso enquanto estiver no cargo. Não é por pressão do mercado, não é porque sou ortodoxo, mas tem dez anos que é preciso voltar às contas públicas”, diz o ministro.

    Com deputados, a articulação do governo é pela proposta de mudança na tributação de grandes empresas que recebem benefícios fiscais nos estados, o chamado PL da subvenção. Sem a nova lei, o governo pode perder até R$ 70 bilhões em arrecadação no próximo ano.

    No Senado, foco para no orçamento de 2024 e no avanço da reforma tributária.

    “A centralidade da pauta é aquilo que é a agenda central do governo até o final do ano, que é a aprovação das medidas que ampliam a arrecadação. Elas fazem justiça tributária — como a taxação dos fundos offshore e dos fundos exclusivos — e com isso reforçam a consolidação do equilíbrio macroeconômico que nós temos perseguido desde o começo do ano”, disse Alexandre Padilha nesta segunda-feira (30).

    Outro assunto que deve ser colocado na mesa é a liberação de emendas. A CNN apurou que os parlamentares querem mais valores ainda em 2023 e vão cobrar aumentos vinculados no orçamento do ano que vem. O Planalto, no entanto, deve resistir porque isso reduziria ainda mais o controle do governo Lula sobre os gastos previstos para 2024.

    *Com informações de Mayara da Paz

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