Carla Diaz reprisa papel de Von Richthofen: ‘Algo que nunca tinha feito’
Na última sexta-feira (27), foi lançado o terceiro filme da trilogia "A Menina que Matou os Pais", que encerra a história do crime cometido por Suzane von Richthofen, e os irmãos Daniel e Cristian Cravinho
Em 2002, Suzane von Richthofen planejou o assassinato dos pais, Manfred e Marisia von Richthofen. Quem executou o crime, em outubro, foi o namorado dela, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian.
Na época, a história foi amplamente noticiada e até hoje é lembrada. Tanto que foi revisitada em três filmes, “A Menina que Matou os Pais”, “O Menino que Matou Meus Pais”, de 2021, e na última semana, para fechar a trilogia, saiu o “A Menina que Matou os Pais: A Confissão”.
“Eu tinha uns 12 anos, eu acho. Lembro que teve uma grande cobertura da imprensa e que o público ficou chocado demais com o caso. Mas lembro que esse era o assunto que tomava conta de todas as conversas”, afirma a atriz Carla Diaz para a CNN.
“A trajetória dos primeiros filmes é muito particular,” reflete Diaz sobre a jornada do projeto. “Íamos estrear no cinema e, na semana seguinte, o mundo parou com a Covid.”
Com a reviravolta causada pela pandemia, os filmes encontraram espaço no Prime Video, atingindo uma audiência global. “Recebo mensagens em diversos idiomas por causa do streaming”, diz a atriz.
A repercussão excepcional foi imediatamente notada pela Galeria Distribuidora, Santa Rita Filmes e Prime Video, levando à criação do terceiro filme. Carla destaca o enredo do filme, afirmando que “A Menina Que Matou os Pais – A Confissão” oferece uma perspectiva intrigante sobre os eventos pós-crime e os intricados bastidores da investigação.
Ao ser questionada sobre seu retorno ao papel de Suzanne após quatro anos, Carla ressalta sua abordagem imersiva: “Eu sou uma atriz de mergulho, de imersão.” Ela detalha a pesquisa extensa realizada para os filmes anteriores e como esse processo se repetiu para o terceiro filme. A familiaridade com a equipe e os colegas de cena facilitou a reinserção na complexa narrativa.
A preparação para o terceiro filme foi moldada pela talentosa Larissa Bracher, segundo Carla, uma profissional “maravilhosa”. A atriz mergulhou nos autos do processo e revisitou vídeos de matérias jornalísticas da época. A tensão e agilidade do roteiro também se destacaram, mantendo as personagens sob pressão constante devido à intensa investigação. Carla faz questão de agradecer ao diretor Maurício Eça e ao produtor Marcelo Braga, fundamentais em todo o processo.
Sobre o desafio de separar sua opinião pessoal das ações de Suzanne, Carla é clara: “Jamais usaria a palavra empatia para falar de algo que é tão estarrecedor”. Ela explica que buscou um distanciamento para não deixar seu julgamento interferir na representação autêntica das situações do filme.
Uma cena em particular marcou profundamente a carreira da atriz: “Gravei uma cena dentro de um presídio, algo que nunca tinha feito nesses 30 anos de carreira.” A energia intensa do ambiente proporcionou uma experiência única para a atriz.
“Acredito que o gênero do true crime, ele tem tanto interesse porque queremos compreender a mente humana, de algum modo… Entender o porquê de cometer tais atos,” reflete Carla sobre o objetivo do terceiro filme. Ela destaca a importância da arte em provocar reflexões e elogia o trabalho inteligente da polícia na condução dos fatos.
Carla reafirma que, assim como nos filmes anteriores, não houve contato com a verdadeira Suzanne durante a preparação para o papel. “E é importante destacar que os envolvidos no caso não tem nenhuma ligação com os filmes. É zero o envolvimento. Por ser um caso público e baseado nos autos do processo, não existe relação dos envolvidos do caso real com a produção dos filmes”, finaliza.