Catástrofe humanitária assola Faixa de Gaza, diz embaixador brasileiro
Representação do Brasil na Palestina fala em “rápida degradação das condições de vida” na região mais crítica do conflito entre Israel e Hamas
A representação do Brasil na Palestina atualizou nesta segunda-feira (30), dia em que a guerra completa 24 dias, a situação dos brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza, região mais crítica do conflito entre Israel e Hamas.
“Estamos lutando para que os brasileiros não sejam afetados pela catástrofe humanitária que assola Gaza”, disse o embaixador Alessandro Candeas.
Ao todo, 34 pessoas aguardam a abertura da fronteira com o Egito para serem repatriados para o Brasil. São 24 brasileiros e 10 palestinos divididos em dois grupos: uma parte em Rafah, outra em Khan Younis.
“Estamos alugando casas [os brasileiros não estão em abrigos], protegendo-os dos bombardeios por meio de informações de localização compartilhadas com Israel, e conseguindo enviar recursos para que comprem alimentos, água, gás e remédios no precário mercado local. Estamos oferecendo apoio de psicóloga e médico à distância”, ressaltou Candeas.
Falta de recursos
O governo tem enviado dinheiro para que os brasileiros possam garantir o mínimo para a sobrevivência. Os preços dos produtos na feira e nos mercados locais, no entanto, têm triplicado, às vezes quadruplicado. Todos estão sendo orientadas a estocar comida e produtos básicos.
A maior preocupação é com o racionamento de água e comida. Neste domingo, milhares de cidadãos invadiram armazéns e centros de distribuição da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) para pegar farinha e itens básicos de sobrevivência.