Programa de monitoramento da Prefeitura de SP começa com 200 câmeras instaladas
Câmeras foram instaladas somente na região central; projeto prevê ao menos 20 mil câmeras em toda capital paulista até o final de 2024
A Prefeitura de São Paulo deu início, no último dia 16, à operação do Smart Sampa com 200 câmeras efetivamente instaladas. O projeto de monitoramento com reconhecimento facial prevê a instalação de ao menos 20 mil câmeras na capital paulista
Os equipamentos ainda não estão integrados às instituições de segurança, como a Polícia Militar, Samu, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Defesa Civil e GCM (Guarda Civil Metropolitana), segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU).
Nesta primeira fase, as câmeras foram instaladas na região central da capital paulista e marcam o início de uma etapa de testes e ajustes na plataforma de monitoramento. Os agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) já iniciaram a capacitação para operar o sistema.
A meta do prefeito Ricardo Nunes é alcançar a marca de 40 mil dispositivos de monitoramento, sendo 20 mil câmeras adquiridas para o Smart Sampa e 20 mil aparelhos de concessionárias e câmeras disponibilizadas por moradores que desejem participar do programa.
O Palácio dos Correios, localizado no Vale do Anhangabaú, região central da capital, foi o local escolhido para sediar a central de monitoramento do projeto e deve iniciar a operação em fevereiro de 2024.
No início de outubro, o Ministério Público (MPSP) se manifestou a favor da suspensão do projeto. O posicionamento da promotoria foi remetido à Justiça paulista, que analisa uma ação popular movida por vereadores da capital que integram a bancada feminista do PSOL.
A promotora de Justiça Claudia Cecillia Fedeli recomendou que a Justiça acate o pedido das vereadoras e suspenda o programa municipal.
Câmeras vandalizadas
No início de setembro, 11 equipamentos instalados no topo de postes foram destruídos na região da Cracolândia, segundo informações da Polícia Civil.
A Secretaria Municipal de Segurança Urbana ressaltou que a empresa contratada será responsável por reparar, manter ou substituir os equipamentos que eventualmente sejam danificados ou alvo de furto, garantindo assim a correta aplicação dos recursos públicos.
A gestão atual optou por não divulgar o endereço exato das câmeras, alegando que esta medida visa evitar a ação de vândalos. No mês passado, alguns dispositivos instalados na região da Cracolândia, no centro da cidade, foram alvo de depredação.
*Sob supervisão de Vital Neto