Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Mortes causadas pela Polícia Militar aumentam 86% no terceiro trimestre em SP

    Governo paulista diz que números “indicam que a causa não é a atuação da polícia, mas sim a ação dos criminosos que optam pelo confronto”

    Bianca Camargoda CNN , Em São Paulo

    O número de pessoas mortas por confrontos da Polícia Militar em São Paulo subiu 86% no terceiro trimestre deste ano. A comparação foi feita com o mesmo período do ano passado.

    De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta quarta-feira (25), entre julho e setembro deste ano, foram registradas 106 mortes provocadas por PMs, contra 57 em 2022. Também houve aumento nas mortes causas por policiais de folga, de 26 para 33.

    Ações envolvendo policiais militares e civis mataram 153 pessoas no último trimestre. A alta é de 72% em relação aos 89 do ano passado. Os dados consideram mortes causas por confronto ou que envolvam policiais de folga.

    Só neste ano foram 374 mortes por policiais. No primeiro trimestre foram registradas 116. No segundo, 105. O número já se aproxima do de 2022, que fechou com 421 mortes.

    A Operação Escudo, que teve início no dia 28 de julho, foi uma das principais responsáveis pela alta. A ação durou 40 dias e resultou em 28 mortes. A operação aconteceu em razão da morte do soldado Patrick Bastos Reis das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Ele foi assassinado por criminosos quando fazia patrulhamento em uma comunidade em Guarujá (SP), no litoral.

    Em nota enviada à CNN, a SSP diz que “os números de mortes decorrente de intervenção policial (MDIP) indicam que a causa não é a atuação da polícia, mas sim a ação dos criminosos que optam pelo confronto, colocando em risco tanto a população quanto os participantes da ação.” A pasta ainda reforça que investe no treinamento das forças de segurança e em políticas públicas para reduzir as mortes em confronto.

    Leia a nota na íntegra:

    “A SSP investe permanentemente no treinamento das forças de segurança e em políticas públicas para reduzir as mortes em confronto, com o aprimoramento nos cursos e aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo, entre outras ações voltadas ao efetivo. Uma Comissão de Mitigação e Não Conformidades analisa todas as ocorrências de mortes por intervenção policial e se dedica a ajustar procedimentos e revisar treinamentos.

    Os números de mortes decorrente de intervenção policial (MDIP) indicam que a causa não é a atuação da polícia, mas sim a ação dos criminosos que optam pelo confronto, colocando em risco tanto a população quanto os participantes da ação. O trabalho das forças policiais nos nove primeiros meses no Estado, resultou na detenção de 141.835 infratores, 5,3% a mais que no mesmo período de 2022. No período, ocorreram 283 mortes decorrente de intervenção de policiais em serviço, representando 0,19% do total de prisões realizadas. Todos os casos dessa natureza são investigados, encaminhados para análise do Ministério Público e julgados pelo Poder Judiciário.”

    Tópicos