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    Paquetá: Vacinação em massa será concluída ainda hoje com cerca 3 mil moradores

    Todos serão imunizados com a vacina de Oxford/Astrazeneca

    Isabele Resende e Ana Lícia Soares, da CNN, no Rio

    Em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, da presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, da pesquisadora da Fiocruz, Magareth Dalcomo, e do secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, a Ilha de Paquetá, em meio a Baía de Guanabara, deu início a vacinação em massa neste domingo (20). 

    Duas moradoras do bairro foram as primeiras vacinadas. Conceição Campos, diretora da Associação de Moradores de Paquetá, recebeu o imunizante do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A moradora do bairro, Aldenisiana Ferreira, recebeu a dose da pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo. As vacinas foram entregues pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

    Conceição Campos, escritora e integrante da associação de moradores, e primeira pessoa que tomou a vacina em Paquetá, disse estar “muito feliz de estar vacinada”. “A Ilha de Paquetá tem uma característica muito própria de solidariedade. Quando a população entendeu a pesquisa, viu que era séria e que ia fazer um bem para a gente, começaram a aderir. Foi uma coisa muito bonita”, afirmou. 

    Vacinação em Paquetá
    Foto: ERBS JR/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a vacinação em massa é mais um passo importante para conter a disseminação do coronavírus e lamentou as 500 mil mortes causadas pelo vírus. 

    “Lamentamos todas as vidas perdidas pela Covid-19. É uma emergência de saúde pública internacional. Não é um problema exclusivo do Brasil. Todas as doses de vacinas foram adquiridas pelo Ministério da Saúde e são distribuídas conforme o Programa Nacional de Imunizaçãi. Mais de 110 milhões de doses de vacinas já foram distribuídas e isso mostra a força do nosso PNI”. 

    O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, também lamentou a marca dos 500 mil mortos do país.  

    “Ministro, é um momento muito triste. São 500 mil mortes no Brasil hoje e todos lamentamos muito por isso. Mas é também um momento de a gente ter esperança e construir um novo futuro. E aqui na Ilha de Paquetá a gente espera que esse futuro chegue logo”. 

    Ainda de acordo com Soranz, na Ilha de Paquetá, a Prefeitura do Rio esperava que 30% da população se voluntariasse ao programa, mas o número ultrapassou a expectativa. 

    “Estávamos aguardando entre 20% e 30% das pessoas aderirem a coleta de sangue. Setenta por cento aderiram a pesquisa e vieram coletar o sangue”. 

    “A Fiocruz se sente muito honrada em participar da iniciativa construída em conjunto com a Prefeitura do Rio de Janeiro e com o Programa Nacional de Imunização. Estamos sendo abrigados por essa ilha de Paquetá tão maravilhosa. Eu vim pra cá e pensei muito nas 500 mil vidas que perdemos em nosso país”, disse a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.  

    A vacinação em massa em Paquetá é um experimento científico que visa avaliar os efeitos da imunização em larga escala e identificar em quanto tempo a população não terá que seguir medidas restritivas. Após a vacinação, a prefeitura e a Fiocruz farão testagem nos habitantes da Ilha. O objetivo é analisar e comparar taxas da doença.