Casa Civil exibe documentos para rebater denúncias de deputado sobre Covaxin
Com slides, assessor especial da Casa Civil Elcio Franco contestou as acusações do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF)
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23), o assessor especial da Casa Civil Elcio Franco apresentou documentos para rebater as denúncias feitas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) em entrevista à CNN, sobre “provas contundentes” de irregularidades nas negociações para a compra da vacina Covaxin.
Carta de Bolsonaro
Segundo Franco, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não enviou uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, no dia 8 de janeiro pedindo a ele ajuda para antecipar o fornecimento de doses.
Contratação de imunizantes
O assessor apresentou também uma linha do tempo sobre a contratação dos imunizantes contra a Covid-19 da Pfizer e do Instituto Butantan . “Quando afirmaram que era uma exclusividade o tratamento da vacina Covaxin, é uma inverdade”, disse Franco.
Preço da Covaxin
A respeito do preço da Covaxin, Franco explicou que o valor de exportação ofertado divulgado pelo laboratório Bharat Biotech é de US$ 15 a US$ 20, o que deixaria as negociações no piso. Uma carta do fabricante confirmando o valor de US$ 15 nas negociações também foi exibida.
As demais vacinas compradas pelo governo até agora foram adquiridas por preço inferior — a Pfizer, por exemplo, foi comprada a US$ 10 dólares por dose.
Entrega de doses
O governo afirmou que o total de doses da Covaxin previa 8 milhões de doses para março, e não em maio.
Condições de pagamento
De acordo com Franco, ainda não foi realizado pagamento algum previsto no contrato. “Até o presente momento não foi gasto nem um real nessa contratação”, afirmou.
Representante
Franco disse que todas as tratativas ocorreram segundo as normas da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que a negociação foi feita com os representantes da Bharat Biotech no Brasil. Franco também declarou que a Precisa Medicamentos não foi a única intermediária na compra de vacinas.
Envio de doses
Documento divulgado pela imprensa, segundo a Casa Civil, mostra 300 mil doses da Covaxin, e não 3 milhões, que seria o documento original recebido pelo Ministério da Saúde.
Por fim, o assessor especial da Casa Civil disse que Miranda teve conhecimento sobre um documento do Ministério da Saúde sobre o envio de três milhões de doses que estavam previstas em contrato.