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    Havendo suspeita, é obrigação investigar, diz Marcos Rogério sobre Covaxin

    Titular da CPI da Pandemia, senador do DEM-RO falou sobre os depoimentos dos irmãos Miranda à comissão, que deve ocorrer ainda nesta sexta-feira

    Produzido por Jorge Fernando Rodrigues e Rudá Moreira, da CNN em São Paulo e em Brasília

    Titular da CPI da Pandemia, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (25), que havendo suspeita de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin contra a Covid-19 pelo governo federal, é obrigação investigar. 

    O senador falou sobre a comissão que ouve hoje a partir das 14h o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o servidor do Ministério da Saúde e irmão do parlamentar, Luis Ricardo Fernandes Miranda. Eles são responsáveis por apontarem possíveis irregularidades do Executivo na aquisição do imunizante indiano.

    “Ou nós estamos diante de um grande equívoco ou de fake news. Agora, a partir do momento em que você recebe uma informação de que pode haver uma suspeita de prática ilícita de um determinado contrato, é natural que faça o dever de casa, olhe para o processo e investigue”, falou Rogério.

    Senador Marcos Rogério (DEM-RO), titular da CPI da Pandemia
    Senador Marcos Rogério (DEM-RO), titular da CPI da Pandemia
    Foto: CNN Brasil (25.jun.2021)

    “Mas do que vi até agora não considero qualquer atividade suspeita. Houve a chegada de um documento com dados em um formato que não era estabelecido em contrato e com uma condição de pagamento também diferente, mas que foi imediatamente reportada à empresa, que corrigiu a informação na sequência.”

    O funcionário do Ministério da Saúde Luis Ricardo Fernandes Miranda revelou em depoimento ao Ministério Público Federal ter sofrido pressão de superiores para assegurar a importação dos imunizantes. 

    O depoimento foi prestado no dia 31 de março dentro de um inquérito que investiga se houve favorecimento na negociação, realizada em tempo recorde e ao maior custo em relação a outras vacinas. 

    Em entrevista à CNN na quarta-feira (23), o deputado Luis Miranda afirmou que levou pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “provas contundentes” de irregularidades nas negociações para a compra da vacina Covaxin. 

    Miranda afirmou que decidiu ir ao presidente porque seu irmão estava sofrendo retaliação por resistir a anuir com as tratativas. Segundo ele, o irmão foi cobrado para acelerar a assinatura da nota fiscal das vacinas.

    “A partir desse episódio começa uma série de cogitações e suspeitas levantadas por esse servidor e mais recentemente pelo deputado federal, que acho serem bastante inconsistentes. Havendo suspeita, no que setor for, é obrigação investigar, e se tiver qualquer elemento, eu sou o primeiro a condenar. […] Mas quando você olha para o processo e o que aconteceu no passo a passo, me parece ser uma denunciação caluniosa.”