Dono da Precisa vai depor à CPI da Pandemia dia 1º de julho
O empresário Francisco Maximiano alegou estar em quarentena para faltar ao depoimento nesta semana
O empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, vai depor à CPI da Pandemia na quinta-feira, dia 1º de julho.
Na última terça-feira, Francisco Maximiano apresentou à CPI uma petição na qual informa que não poderá comparecer ao seu depoimento na comissão, que seria na quarta-feira (23), por estar cumprindo quarentena imposta pela Anvisa após viagem a Índia.
Segundo uma portaria da Anvisa, brasileiros que chegam da Índia, Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul precisam ficar em quarentena de 14 dias antes de entrarem no país. Ele anexa um documento que mostra a entrada dele no Brasil no dia 15 de junho com a ordem da anvisa para quarentena.
O contrato da Precisa com o Ministério da Saúde foi feito no dia 25 de fevereiro e virou um dos principais focos de apuração da CPI da pandemia pelo valor e velocidade com que foi feito. Foram acertadas 20 milhões de doses a um preço de R$ 1,6 bilhão, o valor mais caro por dose. A negociação também foi a mais rápida. Os senadores também apontam que foi a única compra com um intermediário.
Nos bastidores, a Precisa tem dito que ela representa os interesses da Bharat Biotech, que não tem CNPJ no Brasil. Logo, seria equivocado atribuir a ela a condição de intermediária. Diz ainda que a política de preços é determinada pelo fabricante, a Bharat Biotech, e que o preço praticado pela empresa foi o mesmo com todos os países, à exceção do seu país de origem, a Índia. Diz ainda que o valor é superior em razão da tecnologia utilizada que a torna muito segura.
Witzel dia 9
A CPI da Pandemia vai voltar a ouvir o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, no dia 9 de julho. A oitiva sigilosa, reservada aos senadores e à defesa, foi confirmada pelo vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A CNN apurou com integrantes da comissão que a ideia da CPI é realizar o depoimento no Rio de Janeiro, onde mora Witzel.
Na CPI, o ex-governador disse temer pela vida dele e da família após revelações de que no estado os “hospitais federais têm dono.”