Dólar recua e Ibovespa fecha em alta com dados de desemprego no Brasil e nos EUA
Internamente, investidores repercutiram a Pnad Contínua, que mostrou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,7% no primeiro trimestre deste ano
O dólar fechou em queda de 1,08% nesta quinta-feira (27), negociado a R$ 5,2554. O real liderou com folga liderando os ganhos nos mercados globais de câmbio, em meio à fraqueza geral da moeda norte-americana e ao contínuo ingresso de recursos de exportadores no mercado doméstico.
Na B3, o Ibovespa fechou no azul passar boa parte do pregão em queda. O índice avançou 0,3%, a 124.366 pontos.
O Ibovespa vem mostrando resistência para superar os 125 mil pontos diante da falta de gatilhos para ultrapassar o recorde de fechamento, de 125.076 pontos.
Internamente, investidores digeriam a Pnad Contínua, que mostrou que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,7% no primeiro trimestre deste ano e atingiu 14,8 milhões de pessoas.
Lá fora, os mercados têm sido pressionados por temores de que o avanço na inflação, que se tornou um fenômeno mundial, leve grandes bancos centrais a reverter seus agressivos estímulos monetários mais cedo do que se imaginava. Por isso, a reação foi positiva com a divulgação de dados animadores sobre a economia americana.
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu mais do que o esperado na semana passada, para 406 mil, em meio à queda das dispensas e com as empresas desesperadas por trabalhadores para atender à demanda com a reabertura da economia.
Já o Produto Interno Bruto dos EUA expandiu a uma taxa anualizada de 6,4% no primeiro trimestre, disse o governo em sua segunda estimativa para o período. O dado não foi revisado em relação ao que foi divulgado no mês passado, depois de uma taxa de crescimento de 4,3% no quarto trimestre.
Lá fora
As ações dos EUA avançaram ligeiramente nesta quinta-feira, depois de dados mostrando melhora no mercado de trabalho ajudarem a reforçar expectativas de recuperação econômica e estimularem uma pequena rotação em direção a ações vistas como mais propensas a se beneficiar da retomada.
O Dow Jones subiu 0,41%, para 34.464 pontos; o S&P 500 avançou 0,12%, a 4.200 pontos, e o Nasdaq Composite teve oscilação negativa de 0,01%, para 13.736 pontos.
A maioria das bolsas da Ásia fecharam em baixa com investidores à espera de indicadores dos EUA para avaliar o impacto de pressões inflacionárias na maior economia do mundo.
O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,33% em Tóquio hoje, a 28.549,01 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,18% em Hong Kong, a 29.113,20 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,09% em Seul, a 3.165,51 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,25%, a 16.601,61 pontos.
Na China continental, por outro lado, as bolsas ficaram em terreno positivo nesta quinta-feira. O Xangai Composto subiu 0,43%, a 3.608,85 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,79%, a 2.399,27 pontos.
Dados oficiais mostraram que o lucro industrial chinês saltou 57% na comparação anual de abril, mas mostrou forte desaceleração ante o ganho de 92,3% visto em março.
Já o vice-primeiro-ministro da China e principal chefe de comércio, Liu He, teve um contato telefônico com sua contraparte dos EUA, Katherine Tai, para discutir o comércio bilateral entre os dois países, segundo comunicado. Foram as primeiras negociações de alto nível desde a posse do presidente americano, Joe Biden.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou praticamente estável hoje. O S&P/ASX 200 teve alta marginal de 0,03% em Sydney, a 7.094,90 pontos.
*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo