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    Apuração oficial confirma vitória de aliado de Evo Morales na Bolívia

    Com 100% das urnas apuradas, Luís Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS), conquistou 55,1% dos votos

    Luis Arce (no centro, de óculo) comemora após anúncios preliminares de vitória nas eleições bolivianas
    Luis Arce (no centro, de óculo) comemora após anúncios preliminares de vitória nas eleições bolivianas Foto: Twitter/ Reprodução

    Henrique Andrade*, da CNN, em São Paulo

    A apuração oficial das eleições presidenciais da Bolívia, que aconteceram no último domingo (18), terminou nesta sexta-feira (23), confirmando a ampla vitória de Luís Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS). Com 100% das urnas apuradas, o aliado de Evo Morales teve 55,1% dos votos, contra 28,8% de Carlos Mesa, ex-presidente do país, considerado de centro-esquerda.

    Pelas leis bolivianas, para vencer no primeiro turno, são necessários 40% dos votos e que o candidato vencedor tenha pelo menos dez pontos percentuais a mais que o segundo colocado. O candidato de direita, Luís Fernando Camacho, ficou em terceiro lugar, recebendo 14% dos quase 7 milhões de votos registrados no pleito.

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    O ex-presidente Evo Morales voltou a comemorar o resultado em suas redes sociais: “É a vitória de um país que quer estabilidade econômica e paz”, escreveu. Também pela internet, os presidentes de Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai deram os parabéns à Arce. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro ainda não se manifestou.

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que divulgará os resultados oficiais nesta sexta-feira (23), às 18h do horário local (17h de Brasília), e então chancelará a eleição do candidato de esquerda.

    A vitória de Arce já era dada como certa desde o início desta semana pelas pesquisas de boca de urna. Já na madrugada de segunda (19/10), a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, disse que “pelos dados que tenho, o senhor Arce ganhou as eleições”. Ela aproveitou para felicitar o candidato e pediu que ele governe “pensando na Bolívia e na democracia”.

    Caos eleitoral em 2019

    Em 2019, Evo Morales liderava a contagem parcial de votos para vencer no primeiro turno e iniciar um quarto mandato quando os resultados foram suspensos, após a oposição denunciar fraudes, sustentadas por relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA).

    Com a indefinição eleitoral, diversos episódios de violência explodiram pelo país nos dias seguintes e forçaram Evo a renunciar.

    Após a renúncia de outros partidários de Evo de cargos de sucessão, Jeanine Áñez, senadora da oposição, foi nomeada presidente interina em uma sessão do Congresso com quórum reduzido. Áñez governava o país desde então.

    Durante o caos eleitoral de 2019, Evo deixou a Bolívia – primeiramente com destino ao México e depois se instalando na Argentina. Com a confirmação da vitória de Arce, é esperado que o ex-presidente retorne ao país.

    (*Sob supervisão Evelyne Lorenzetti)