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    Após novos tiroteios, Biden pressiona Congresso a mudar regulação de armas

    40 milhões de armas de fogo foram compradas legalmente nos Estados Unidos no ano passado, de acordo com o FBI

    Núria Saldanha, , da CNN, em Washington

    Com apenas 4% da população mundial, os Estados Unidos têm 40% das armas de fogo de propriedade civil do mundo. O país tem 330 milhões de habitantes e quase 400 milhões de armas nas mãos de cidadãos. 

    Mesmo em meio à grave crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19, 40 milhões de armas de fogo foram compradas legalmente no país no ano passado, de acordo com o FBI. O número representa um crescimento de 30% na comparação com 2019. 

    Lá, são comuns ataques em lugares públicos. O último que virou notícia aconteceu na última sexta-feira (26), em uma praia no estado da Virgínia. Um atirador fez uma vítima e foi morto por policiais. 

    Na segunda-feira (22) dez pessoas, incluindo um policial, foram mortas depois que um homem armado abriu fogo em um supermercado na cidade de Boulder, no Colorado.

    Com a chegada de um presidente democrata, a favor de medidas de controle, as vendas de armas seguem em alta. Em janeiro e fevereiro deste ano, houve crescimento de 26% nas vendas na comparação com o mesmo período no ano passado. 

    Diante do avanço da violência e do aumento das vendas, o presidente Joe Biden tem pressionado o congresso a elaborar uma legislação para restringir o acesso de civis a armas. “Temos que agir para tomar medidas de bom senso que salvarão vidas no futuro”, disse Biden. 

    Mas o democrata ainda encontra forte oposição. “O peso da legislação deve ser contra os criminosos, não contra os cidadãos cumpridores da lei”, disse o Don Bacon, membro republicano da Casa dos Representantes. 

    Ciente da oposição, a Casa Branca estuda a possibilidade de usar decretos presidenciais para reforçar a exigência de investigações de antecedentes criminais e de condições psicológicas de quem compra armas. 

     

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