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    COVID-19: EUA ultrapassam Itália e se tornam país com maior número de mortes

    Levantamento da Universidade John Hopkins mostra que os norte-americanos já registraram 18.860 vítimas do novo coronavírus

    Paramédicos levam paciente ao centro de emergência durante surto de Covid-19 no Brooklyn, em Nova York.
    Paramédicos levam paciente ao centro de emergência durante surto de Covid-19 no Brooklyn, em Nova York. Foto: Reuters/Brendan Mcdermid

    Christina Maxouris Da CNN

    As mortes pelo novo coronavírus nos Estados Unidos ultrapassaram a marca de 18.860 neste sábado (11), o maior número reportado em todo mundo, segundo a Universidade de John Hopkins. A Itália, que país que carregava a malfadada liderança até aqui, já contabilizou 18.849 vítimas da doença.

    Ao menos 2.074 mortes foram confirmadas nos EUA durante a sexta-feira (10), o maior crescimento de fatalidades que o país viu desde o começo do surto. Além disso, cerca de 503.594 pessoas testaram positivo para a COVID-19, segundo dados da John Hopkins.

    Das mortes anunciadas na sexta, 783 ocorreram no estado de Nova York, informou o governador Andrew Cuomo neste sábado. Foi uma leve queda em relação à máxima de mortes que o estado já vivenciou no mesmo dia, as 799 de quarta-feira (8).
     
    De acordo com o médico Chris Murray, diretor do Institute for Health Metrics and Evaluation da Universidade de Washington, o país deve estar vivendo o seu pico de mortes diárias. Foi ele que criou o modelo que está sendo utilizado pela Casa Branca para monitorar o avanço da doença no país.

    “Nós refazemos as projeções basicamente todas as noites –com novos dados dos estados sugerindo picos diferentes em estados diferentes, mas a nível nacional parecemos estar bem próximos do pico”, diz.

    Este modelo projeta que cerca de 61.500 pessoas devem perder a vida por conta do novo coronavírus até agosto –isso se o país mantiver as medidas de distanciamento social até o final de maio. Quando consideram que alguns estados podem revogar estas regras até 1 de maio, os números “são mais feios”, diz Murray.

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    Especialistas de saúde dizem que enquanto eles se sentem esperançosos pelos resultados das medidas tomadas até aqui, alertam que reabrir o país apressadamente pode fazer com o país volte algumas casas.

    Apesar dos sinais positivos, a médica Deborah Birx, a coordenadora da resposta da Casa Branca para o coronavírus, diz que o país ainda não chegou ao seu pico de contaminações. “Todos os dias precisamos continuar fazendo o que fizemos ontem, e na semana anterior, e na semana antes dessa, porque é isso que, no final das contas, vai nos levar além do pico e abaixo”, diz.

    Birx havia dito no final de março que, baseado em modelos que consideravam medidas de  distanciamento social e quarentena, o número de mortes no país poderia ser de pelo menos 100 mil. Se os americanos não respeitassem os avisos ou seguissem as medidas, este número poderia crescer para 2,2 milhões, afirmou na altura.