CNN Mundo: o plano de Israel para ampliar relações no mundo árabe
Para debater o contexto do acordo histórico entre Israel e Emirados Árabes Unidos, Lourival Sant'Anna entrevista o cônsul-geral israelense Alon Lavi
Com ajuda dos Estados Unidos, Israel e Emirados Árabes Unidos selaram, em agosto, um acordo de paz que deve levar a uma normalização completa das relações diplomáticas entre os dois países do Oriente Médio. Além de demonstrar a importância da mediação internacional do governo de Donald Trump, o tratado abre uma mudança de prioridades das monarquias do Golfo, com uma aproximação maior entre Israel e o mundo árabe.
Para entender o contexto e as consequência desse acordo histórico, o analista de assuntos internacionais da CNN, Lourival Sant’Anna, conversa com o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Alon Lavi, no CNN Mundo desta semana.
Leia também:
Acordo entre Israel e Emirados teve ‘paz em troca de paz’, diz analista político
A ameaça de um inimigo comum
O tratado entre Israel e Emirados Árabes Unidos marca o maior movimento de aproximação entre Israel e as nações árabes de seu entorno desde os acordos israelenses com o Egito e a Jordânia, na década de 1970.
Uma das questões que surgem com a assinatura do acordo é: a causa palestina está enfraquecida entre os governos do Oriente Médio?
Com a iniciativa dos Emirados Árabes Unidos, países árabes abrem a possibilidade de relevar divergências com Israel para se unir sob a bandeira da ameaça de um inimigo comum: o Irã.
Há detalhes do acordo, porém, que não podem ser desconsiderados em uma análise. Como parte do tratado, Israel concordou em suspender os planos de anexar áreas da Cisjordânia, informaram altos funcionários da Casa Branca.