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    De saída, governo Trump acusa China de genocídio contra minoria muçulmana

    Declaração garante que relações entre a China e o novo governo dos EUA tenham um começo difícil

    Reuters

    O governo Trump determinou que a China cometeu “genocídio e crimes contra a humanidade” ao reprimir os muçulmanos uigures na região de Xinjiang, disse o secretário de Estado Mile Pompeo nesta terça (19), um golpe embaraçoso para Pequim um dia antes da posse do presidente eleito Joe Biden. 

    Pompeo disse que fez a declaração —que, certamente, deve desgastar ainda mais os laços já fragilizados entre as duas maiores economias do mundo— “após examinação cuidadosa dos fatos disponíveis”, acusando o Partido Comunista Chinês de crime contra a humanidade contra os uigures e outras minorias muçulmanas desde, ao menos, março de 2017. 

    “Eu acredito que esse genocídio está em curso, e que estamos testemunhando uma tentativa sistemática de destruição dos uigures pelo Estado chinês”, disse Pompeo em nota. 

    A China é amplamente condenada pelos complexos de Xinjiang, que descreve como “centros de treinamento vocacional” para eliminar extremismo e dar novas habilidades às pessoas, e que outros chamaram de campos de concentração. O país nega as acusações de abuso. 

    A determinação rara dos Estados Unidos segue um debate interno intenso depois que o Congresso passou uma legislação em 27 de dezembro que requeria que o governo dos EUA determinasse dentro de 90 dias se o trabalho forçado e outros supostos crimes contra os uigures e outras minorias muçulmanas são crimes contra a humanidade ou genocídio. 

    A campanha de Biden declarou, antes do dia da eleição americana em 3 de novembro, que um genocídio estava acontecendo em Xinjiang. Mas o movimento de Pompeo vai garantir um começo especialmente difícil para as relações do novo governo com Pequim.

    Um porta-voz da transição de Biden se recusou a comentar essa determinação antes que o novo governo seja empossado nesta quarta (20). 

    A Embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, mas, na semana passada, classificou como “mentira” um relatório parlamentar que dizia que “crimes contra a humanidade — e possivelmente genocídio — estão acontecendo” em Xinjiang.

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