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    Advogado de Trump enfrenta processo bilionário por alegações de fraude eleitoral

    Dominion Voting Systems – um dos principais fabricantes de urnas eletrônicas dos EUA – pede US$ 1,3 bilhão a Rudy Giuliani por difamação

    Jan Wolfe e Susan Heavey, da Reuters

    Uma empresa que fabrica urnas eletrônicas nos Estados Unidos abriu um processo de US$ 1,3 bilhão contra Rudy Giuliani, advogado do ex-presidente Donald Trump, acusando-o de difamação no que chamou de “grande campanha de mentiras” sobre fraude generalizada na eleição presidencial

    A Dominion Voting Systems Inc – empresa com sede em Denver – também abriu anteriormente um processo contra a advogada pró-Trump Sidney Powell, a quem acusou de espalhar falsas teorias de conspiração sobre a eleição vencida pelo democrata Joe Biden.

    Eric Coomer, funcionário sênior da Dominion, também entrou com um processo por difamação contra a campanha de Trump, dizendo que precisou se esconder por causa de ameaças de morte de partidários de Trump.

    Giuliani afirmou em um comunicado que o processo da Dominion tinha a intenção de intimidar outras pessoas a não exercerem seus direitos de liberdade de expressão.

    “O processo por difamação da Dominion no valor de US$ 1,3 bilhão me permitirá investigar sua história, finanças e práticas de maneira completa”, disse Giuliani, acrescentando que entrou com uma ação contra a empresa por violação de seus direitos.

    Trump e seus aliados passaram dois meses rejeitando a derrota nas eleições e alegando sem evidências que ela foi o resultado de uma fraude generalizada antes que seus apoiadores invadissem o Capitólio, em 6 de janeiro.

    A Dominion pede US$ 1,3 bilhão por danos a Giuliani, ex-prefeito de Nova York, alegando no processo que “ele e seus aliados fabricaram e disseminaram a grande mentira que se tornou viral e enganou milhões de pessoas fazendo-os acreditar que a Dominion havia roubado seus votos e alterado a eleição.”

    A empresa disse que abriu o processo “para esclarecer as coisas” e “defender a si mesma, seus funcionários e o processo eleitoral”.

    Na semana passada, um grupo de advogados proeminentes pediu ao judiciário de Nova York a suspensão da licença legal de Giuliani porque ele fez falsas alegações em processos pós-eleitorais e por incitar os apoiadores de Trump a se envolverem em “julgamento por combate” pouco antes de invadirem o Capitólio.

    A Dominion afirma em seu processo que gastou US$ 565 mil em segurança privada para proteger seus funcionários, que enfrentam perseguições e ameaças de morte.

    “As declarações de Giuliani foram calculadas para – e, de fato – provocarem indignação e causaram um dano enorme à Dominion”, alegou a empresa, nos autos do processo.

    Fundada em 2002, a Dominion é um dos principais fabricantes americanos de urnas eletrônicas. Várias de suas máquinas Dominion foram usadas em mais de duas dezenas de estados durante as eleições de 2020.

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