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    Sobe para quatro o número de mortos após terremoto no México

    O epicentro foi a 25 quilômetros da cidade litorânea de Crucecita, conhecida por atrair turistas estrangeiros

    Fabrizio Neitzke, da CNN em São Paulo

    O número de mortos pelo terremoto na costa oeste do México na manhã desta terça-feira (26) subiu para quatro, segundo a Coordenação Nacional da Proteção Civil do país. 

    A primeira vítima conhecida era uma mulher de 22 anos, da cidade de Huatulco, que morreu em decorrência de um desabamento. A queda de um muro vitimou um homem em San Agustín Amatengo, e o colapso de um teto fez outra vítima em San Juan Ozolotepec.

    A quarta vítima é um funcionário da Pemex, a petrolífera mexicana, que caiu de uma estrutura da empresa durante o terremoto, chegou a ser atendido em um hospital, mas não sobreviveu.

    De acordo com o Serviço Sismológico Nacional (SSN) do México, um terremoto de 7.5 graus na escala Richter atingiu a costa do estado de Oaxaca, no sudoeste do país. O epicentro foi a 25 quilômetros da cidade litorânea de Crucecita, conhecida por atrair turistas estrangeiros. A profundidade do abalo sísmico foi de apenas 5 quilômetros, o que amplificou sua força.

    Ainda segundo o SSN, 447 réplicas do terremoto foram registradas até agora, sendo a mais forte de 4.9 graus. O tremor foi sentido em outras regiões, como na Cidade do México e em Morelia, a mais de 700 quilômetros de distância. El Salvador, Guatemala e Honduras também foram atingidos.

    Na capital mexicana, diversos prédios balançaram e marquises chegaram a despencar, sem danos mais graves. Em entrevista coletiva, a prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, disse que foram registrados dois feridos, sendo um por uma queda de um cabo de alta tensão. Hospitais chegaram a ser esvaziados, mas retornaram às atividades após o impacto. A rede elétrica da capital chegou a parar de funcionar, sendo restabelecida pouco tempo depois.

    Uma refinaria da estatal Pemex, na cidade de Salina Cruz, a 100 quilômetros de Crucecita, precisou parar as atividades após um incêndio em um dos seus geradores. Após controlar o fogo, as atividades seguiram normalmente nas outras áreas da refinaria, a maior do país.

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    O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, manifestou seu apoio às vítimas através das redes sociais e disse ter entrado em contato com as autoridades locais para obter mais informações sobre os danos causados pelo terremoto.

    Segundo a Comissão Nacional de Águas do México (Conagua), órgão responsável pelo serviço meteorológico do país, não há risco de tsunami, embora imagens circulando pela internet mostrem a maré recuando na costa de Oaxaca, um movimento que costuma preceder este tipo de fenômeno. O Conagua, porém, disse estar atento a uma possibilidade de ciclone tropical na região pelos próximos cinco dias. O Sistema de Alerta de Tsunami dos Estados Unidos não divulgou nenhum alerta.

    O sismo é o mais forte registrado em todo o país desde setembro de 2017, quando 98 pessoas morreram nos estados de Chiapas e Oaxaca após um tremor de 8.2 graus e uma consequente tsunami com ondas de quase dois metros. Semanas depois, um terremoto de 7.1 graus ao sul de Puebla, a 110 quilômetros da Cidade do México, deixou 370 mortos.

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