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    Diplomacia brasileira divide atenção entre guerra de Israel e eleições na Argentina

    Lula pediu que ministro das Relações Exteriores viaje ao Egito no fim de semana e enviou assessor do gabinete de assuntos internacionais da Presidência para a Argentina

    Pedro Teixeirada CNN , Brasília

    A diplomacia brasileira terá que lidar com tarefas distintas e consideradas cruciais para os interesses do governo nos próximos dias. Uma parte dos representantes internacionais da gestão Luiz Inácio Lula da Silva está totalmente dedicada às negociações que envolvem o conflito entre Israel e Hamas. Já outro grupo passou, nos últimos dias, a se dedicar exclusivamente às informações relacionadas com as eleições na Argentina, cujo primeiro turno acontece no próximo domingo (22).

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, representará o Brasil na reunião organizada pelo Egito para discutir a situação na Faixa de Gaza. O encontro está marcado para sábado (21).

    Por outro lado, um assessor do Gabinete de Assuntos Internacionais da Presidência da República foi enviado por Celso Amorim, chefe da assessoria, para atualizar o governo sobre o pleito no país vizinho.

    Sobre o conflito, interlocutores afirmam que Lula tem cobrado da diplomacia brasileira uma solução para a retirada dos brasileiros que estão em Gaza, na Palestina. Além disso, o presidente pediu que o país, que comanda Conselho de Segurança da ONU neste mês de outubro, avance com uma proposta de acordo que permita a chegada de suprimentos ao território palestino.

    Com relação às eleições na Argentina, o governo está preocupado com a possibilidade de vitória de Javier Milei, candidato de oposição ao atual governo. Nos últimos meses, Lula demonstrou mais simpatia por Sergio Massa, candidato peronista que tem o apoio do atual presidente argentino, Alberto Fernandez.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que uma possível vitória de Milei nas eleições argentinas preocupa o governo brasileiro, uma vez que o país é, além de vizinho, um dos principais parceiros comerciais do Brasil.

    “É natural que eu esteja [preocupado]. Uma pessoa que tem como uma bandeira romper com o Brasil, uma relação construída ao longo de séculos, preocupa. É natural isso. Preocuparia qualquer um. Porque, em geral, nas relações internacionais você não ideologiza a relação”, disse Haddad em entrevista à Reuters.

    À CNN, auxiliares do Palácio do Planalto indicaram que Lula deve realizar algumas reuniões durante o fim de semana, para tratar dos dois temas que envolvem a política internacional brasileira.

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