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    Brasil retira diplomatas e servidores da embaixada na Venezuela

    Governo brasileiro discorda da política de Nicolás Maduro

    O governo brasileiro decidiu retirar quatro diplomatas e outros sete funcionários da embaixada em Caracas e dos consulados do Brasil na Venezuela. A ordem foi publicada na edição de quinta-feira (5) do Diário Oficial da União (DOU).

    Essa é uma das principais ações do governo brasileiro contra o regime de Nicolás Maduro desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu. No ano passado, ele reconheceu o oposicionista Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela, como líder do país vizinho.

    No Diário Oficial, consta a remoção de 11 funcionários brasileiros da Venezuela. Eles estão em postos localizados em Caracas, Ciudad Guayana e Santa Elena do Uairen. Entre os representantes diplomáticos, está a ministra de primeira classe Elza Moreira Marcelino de Castro e os conselheiros Francisco Chaves do Nascimento Filho, Carlos Leopoldo Gonçalves de Oliveira e Rodolfo Braga.

    Histórico de rusgas

    As relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela são tensas desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Na ocasião, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, expulsou o então embaixador Ruy Pereira do país. O governo Michel Temer adotou o princípio da reciprocidade e desde então os dois países estão sem embaixador nas respectivas representações diplomáticas. 

    Com o reconhecimento de Guaidó como presidente interino, durante o governo Bolsonaro, o país passou a reconhecer a missão chefiada pela embaixadora Maria Teresa Belandria, ligada à oposição, como a representante oficial da diplomacia venezuelana, ao mesmo tempo que mantinha diplomatas perante o governo chavista. 

    A medida deve prejudicar a interlocução com o governo venezuelano, que já era escassa e reduzida a uma pequena troca de infomações entre militares dos dois países, principalmente na fronteira. A prestação de serviço consular a brasileiros na Venezuela, principalmente em Santa Elena de Uairén, na fronteira com Roraima, também deve ser afetada. 

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