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    Doação do G7 é 1º passo, mas mundo precisa de 11 bilhões de doses, diz professor

    Retomada econômica só virá com amplo acesso aos imunizantes, avalia Leonardo Trevisan, da ESPM

    Amanda Garcia, da CNN Rádio

    Na avaliação do professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, o anúncio do G7 da doação de 1 bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 para o Covax Facility é um “primeiro passo” importante. Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (14), ele explicou, no entanto, que há um longo caminho a ser percorrido.

    “Se nós quisermos reativar a economia, tem que incluir todos os países, o cálculo é de que a necessidade é de 11 vezes mais, equivalente a 11 bilhões de vacinas, ainda é um primeiro passo em uma mudança de atitude”, disse.

    Segundo Trevisan, o “custo real” de oferecer 10 bilhões de doses gira em torno de 300 e 400 bilhões de dólares. “Mesmo assim, o retorno para o mundo no primeiro ano é de 9 trilhões de dólares. Oferecer vacina é um excelente negócio, um excelente investimento.”

    O professor também comemorou o que chamou de “retomada do multilateralismo”, após o encontro das sete principais economias do mundo, encabeçado pelo presidente norte-americano Joe Biden. “Tem que olhar com alguma esperança, é um quadro novo, melhor do que do isolacionismo do [ex-presidente dos Estados Unidos] Donald Trump.”

    “Uma atitude mais multilateral, hoje, significa recuperação econômica”, analisou.

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