Número de internações pela COVID-19 recua 84% em Nova York
Desacelaração pode evitar colapso do sistema de saúde do estado
O estado de Nova York registrou uma queda de 84% na quantidade de internações por causa do novo coronavírus em pouco mais de uma semana. Foram 200 hospitalizações entre esta quarta (8) e quinta-feira (9), enquanto, há oito dias, este número se aproximou de 1.300.
Nova York também teve 799 mortos pela COVID-19 na última quarta (cerca de 40% do total de 1.922 óbitos registrados no país). Trata-se da maior média diária de perdas de vidas humanas nos dois cenários. Hoje, 18 mil pacientes seguem internados.
Em seu pronunciamento diário sobre os impactos da doença, o governador Andrew Cuomo explicou que a maioria das vítimas no estado eram pacientes que já estavam internados. Entretanto, ele ressaltou que o vírus tem infectado cada vez menos pessoas. A quantidade de pessoas que também precisam de respiradores caiu de 351 para 88 no mesmo período.
Se o número de internações continuar caindo nesse ritmo, o sistema de saúde de Nova York não vai entrar em colapso como previsto no final de março. As projeções indicavam que, depois da Páscoa, haveria mais pacientes do que a capacidade de internação no estado, que conta com 53 mil leitos.
Cuomo aproveitou para reforçar a tese de que o distanciamento social ainda é a melhor forma de prevenir o contágio pelo novo coronavírus. Ele também admitiu que, embora a capacidade de testes tenha aumentado desde a adoção da quarentena, há 18 dias, há casos subnotificados — e voltou a pedir ajuda da Casa Branca para conseguir testes rápidos, que identificam a doença em até 15 minutos.
O governador comparou a situação com os atentados de 11 de setembro para justificar planos de reestruturação no sistema de saúde para futuras emergências do tipo. Até o momento, a COVID-19 já matou 7.067 pessoas e Cuomo lembrou que os ataques ao World Trade Center, que deixaram 2.753 mortos em Nova York, motivaram a revisão dos protocolos de segurança. Ele também alertou que médicos e cientistas não descartam uma segunda onda da doença na próxima estação.