Macron comanda reunião virtual com Trump e líderes para levantar ajuda ao Líbano
Conferência virtual tem o objetivo de levantar recursos para a reconstrução de Beirute; PIB do país pode encolher até 25% neste ano, segundo projeções
O presidente da França, Emmanuel Macron, recebe o líder americano, Donald Trump, e outros chefes de Estado neste domingo (9), em uma conferência virtual para levantar fundos para a reconstrução de Beirute, a capital do Líbano.
A reunião levantou cerca de 253 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,6 bilhão) para apoio humanitário imediato, disse o gabinete de Macron.
A cidade está parcialmente destruída depois de explosões na última terça-feira (4) que deixaram 158 mortes, mais de 6 mil pessoas feridas e mais de 250 mil desabrigados.
A reconstrução deve custar bilhões de dólares, segundo estimativas. Economistas apontam que o PIB pode encolher até 25% em 2020, o dobro da projeção feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril.
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Neste sábado (8), milhares de libaneses foram às ruas de Beirute para protestar e pedir a saída tanto do governo como do parlamento diante da grave crise que aflige o país. Segundo o Banco Mundial, mais da metade da população libanesa pode chegar ao fim do ano abaixo da linha da pobreza.
Para a população, as explosões são reflexo da situação de abandono do país pelas autoridades, uma vez que a fiscalização falha permitiu o acúmulo de material explosivo de maneira indevida.
Macron, que visitou Beirute na quinta (6), prometeu ajuda humanitária e a garantia de que os recursos não não vão cair em “mãos corruptas”.
Já o republicano Trump tuitou depois das explosões: “Todo mundo quer ajudar!”, escreveu em referência à ajuda das nações mais ricas e desenvolvidas do mundo para a reconstrução de Beirute.
A Alemanha já se comprometeu a doar pelo menos € 10 milhões (cerca de US$ 11,8 milhões).
Na quarta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro disse que pretendia oferecer “algo concreto” para ajudar o Líbano. O governo anunciou que vai enviar equipamentos e produtos de saúde.
(Com Reuters)