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    Embaixada russa diz que acompanha caso de motorista brasileiro preso desde 2019

    Robson Oliveira foi preso após levar remédio (legalizado no Brasil mas proibido na Rússia) para o sogro do jogador Fernando Lucas Martins, em Moscou

    O jogador brasileiro Fernando Lucas Martins disse que conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a prisão do motorista Robson Oliveira, na Rússia
    O jogador brasileiro Fernando Lucas Martins disse que conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a prisão do motorista Robson Oliveira, na Rússia Foto: Reprodução/ ofernando17/ Instagam

    Fabrício Julião Filho* da CNN

    A Embaixada da Rússia no Brasil se manifestou, na terça-feira (6), sobre o caso do motorista brasileiro Robson Oliveira, preso no país do leste europeu desde 2019 sob acusação de tráfico de drogas.

    “Nos últimos dias temos recebido um grande número de mensagens pedindo apoio da Embaixada ao cidadão brasileiro Robson Oliveira, que se encontra na Rússia respondendo a processo criminal por acusação de contrabando de drogas em conformidade com a legislação da Rússia”, comunicou a representação diplomática, em sua conta no Twitter.

    “Informamos que a Embaixada está tomando todas as medidas necessárias para transmitir estas mensagens às autoridades responsáveis da Federação da Rússia e acompanha com atenção todos os desdobramentos da situação”, completou.

    Oliveira foi detido em 10 de fevereiro de 2019, depois de desembarcar em um dos aeroportos de Moscou, por transportar em sua bagagem duas caixas do remédio Mytedom 10mg (cloridrato de metadona) – analgésico com características semelhantes à morfina.

    A substância seria entregue ao sogro do jogador de futebol Fernando Lucas Martins, que na época atuava pelo Spartak Moscou. Oliveira foi contratado pelo volante para trabalhar para ele em Moscou e chegava ao país pela primeira vez no momento da prisão.

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    Após 17 horas de questionamentos pelas autoridades, ele foi liberado. No mês seguinte, porém, o motorista foi preso ao prestar depoimento sobre o caso na delegacia do aeroporto. Desde então, está na cadeia de Kashira, a 110 quilômetros da capital russa.

    Segundo o jogador, que atualmente atua pelo Beijing Guoan, da China, os medicamentos que o motorista transportava são legalizados no Brasil, mas proibidos na Rússia.

    Em sua conta no Instagram, o volante afirmou que tentou apresentar a receita em nome de seu sogro para provar a inocência do motorista, mas o documento não foi aceito pela Justiça russa.

    Fernando afirmou também que conseguiu entrar em contato com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para tentar provar a inocência de Oliveira.

    “Conversei com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, sobre o caso do Robson há três dias e ele conseguiu me colocar em contato com o presidente Jair Bolsonaro. O presidente reforçou que se trata de questão diplomática muito complicada, mas que vai tentar ajudar da melhor forma possível”, disse.

    “Me coloquei à disposição para seguir colaborando no que for necessário e estou confiante de que todas essas ações que estamos realizando em conjunto ajudarão o Robson a provar sua inocência”, acrescentou.

    (*sob supervisão de Julyanne Jucá)