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    Promotor decide não processar policial branco que atirou em Jacob Blake

    Homem de 29 anos atingido com sete tiros nas costas está paralisado

    Amir Vera e Brad Parks, da CNN

    O policial Rusten Sheskey não vai enfrentar nenhuma acusação por ter atirado em Jacob Blake, anunciou o promotor do distrito de Kenosha, Michael Graveley, nesta terça-feira (5).

    Sheskey, um policial branco, atirou sete vezes nas costas de Blake, homem negro de 29 anos. O policial foi atender a um relato de incidente doméstico em 23 de agosto deste ano. Blake sobreviveu aos disparos, mas ficou paralisado da cintura para baixo.

    “É a minha decisão que nenhum policial de cumprimento da lei de Kenosha será acusado por nenhuma ofensa criminal, baseado pelos fatos e pelas leis”, anunciou Graveley.

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    A decisão do promotor acontece em um momento em que a raiva continua a crescer ao redor do país diante de repetidos casos de pessoas negras mortas pela polícia.

    Em 2020, protestos — alguns dos quais acabaram em violência —  aconteceram clamando por uma reforma das polícias e pelo fim da brutalidade policial, reagindo às mortes de George Floyd, Breonna Taylor e outros.

    O promotor Michael Graveley anunciou que não haverá nenhuma acusação também contra os dois outros policiais envolvidos no acidente. Em setembro, eles foram identificados pelo Departamento de Justiça de Wisconsin como sendo Vincent Arenas e Brittany Meronek.

    Jacob Blake também não enfrentará acusações, completa o promotor.

    Defesa

    O policial Rusten Sheskey argumentou aos investigadores de que ele disparou contra Blake durante o episódio porque temeu que o homem, que lhe pareceu estar fugindo da cena, estivesse tentando sequestrar a criança que estava no banco de trás do carro do qual ele estava próximo.

    O Departamento de Justiça de Wisconsin disse que Jacob Blake possuía uma faca e que a arma foi encontrada no assoalho do carro dele.

    A família de Jacob Blake se manifestou através de um posicionamento dos seus advogados, Ben Crump, Patrick A. Salvi II e B’Ivory LaMarr. Os defensores se disseram desapontados com a decisão.

    “Nós acreditamos que a decisão falhou não apenas com Jacob e a sua família, mas com toda a comunidade que protestou e demandou por Justiça”, disse o posicionamento.

    “As ações do policial Sheskey provocaram revolta através do país, porque o promotor distrital deciciu não processar quem atirou em Jacob nas costas muitas vezes, deixando ele paralisado, destruindo mais a confiança em nosso sistema de Justiça. Isso envia a mensagem errada aos policiais pelo país”, prosseguem.

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