Nos EUA, democratas anunciam proposta para reforma da Justiça e da polícia
Parlamentares também se ajoealharam em homenagem a George Floyd
Liderados pela presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, os democratas anunciaram uma proposta legislativa pela reforma da Justiça e da Polícia americana nesta segunda-feira (8).
Pelosi afirmou que “esse momento de angústia nacional está sendo transformado em um movimento de ação nacional, enquanto americanos de todo o país protestam pacificamente exigindo o fim da injustiça”.
De acordo com a democrata, a sociedade não pode se contentar com nada menos do que “uma mudança estrutural transformadora”. Ela acrescenta que é por isso que a Justiça deve ser reformada para, por exemplo, remover as barreiras que impedem policiais de serem indiciados por má conduta.
Entre os principais pontos da legislação apresentada está a desmilitarização da polícia, limitando o repasse de armas militares aos departamentos de polícia estaduais e locais.
A proposta inclui também o combate à brutalidade policial, exigindo câmeras corporais e de painel. Além disso, proíbe o uso de enforcamento na abordagem, e exige o fim dos perfis raciais. Também tornará o linchamento um crime de ódio federal.
Nancy Pelosi pediu que o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, aceite rapidamente a legislação assim que o projeto for aprovado pela Câmara.
Homenagem a George Floyd
Antes da coletiva de imprensa na qual a proposta legislativa foi anunciada, alguns dos principais democratas do Congresso se ajoelharam e ficaram em silêncio por 8 minutos e 46 segundos.
O ato foi em homenagem a George Floyd, que foi morto por um ex-policial que ficou ajoelhado em seu pescoço por exatamente este período de tempo.
O momento aconteceu no Emancipation Hall do Capitólio americano. O presidente do Judiciário da Câmara, Jerry Nadler, foi o único a não se ajoelhar, mas alegou questões de saúde que o impediam.
(Com informações de Aditi Sangal, Sam Fossum, Clare Foran e Haley Byrd, da CNN nos Estados Unidos)