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    Quem é Amy Coney Barrett, juíza indicada por Trump à Suprema Corte dos EUA

    Ela foi indicada pelo presidente Donald Trump neste sábado

    A juíza Amy Coney Barrett foi escolhida pelo presidente Donald Trump para substituir Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte dos Estados Unidos. O nome dela ainda precisa passar por audiências públicas no Senado e depois por duas votações, uma da Comissão Judiciária da casa e outra pelo plenário.

    Juíza do 7ª Circuito de Corte de Apelações dos EUA e professora de Direito na Universidade de Notre Dame, Barrett, é uma conservadora convicta que estava no topo da lista de prováveis indicados de Trump para a Corte. Ela tem 48 anos e sete filhos.

    Barrett trabalhou como escrivã do ex-juiz da Corte Antonin Scalia, morto em 2016. Antes de ser indicada por Trump, ela se reuniu com o presidente na segunda-feira (21) para discutir essa possibilidade, segundo fontes.

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    Nascida em New Orleans (Louisiana), em 1972, Barrett se formou em Direito na Universidade de Notre Dame em 1997. Trabalhou em uma firma de advocacia e depois, em 2002, se tornou professora de Direito na mesma instituição. Defensores de extrema direita já apoiavam a possível nomeação de Barrett em razão dos artigos em que fala sobre fé e lei. 

    Apoiada por conservadores e temida por liberais

    O apoio do conservadorismo religioso a Barrett ganhou tração quando, durante a audiência de confirmação para o atual trabalho dela, em 2017, a senadora democrata Dianne Feinstein, da Califórnia, sugeriu a ela que “o dogma vive ruidosamente dentro de você”. Para os apoiadores de Barrett, foi uma demonstração de que Barrett estava sendo desacreditada por ser católica.

    Já os democratas temiam a indicação de Barrett, pois acreditam que ela pode se opor ao direito ao aborto e invalidar, por exemplo, o Affordable Care Act (conhecido como Obamacare – lei que controla o preço e expande os planos de saúde para uma maior parcela da população).

    De fato, ela tem demonstrado posições conservadoras com relação a porte de armas, imigração e aborto, apresentando argumentos semelhantes aos defendidos por Trump.

    Um dos pontos mais polêmicos sobre ela citado pelos críticos é se Barrett ajudaria os conservadores a reverter a histórica decisão que legalizou o aborto nos EUA em 1973.

    Em 2012, ela apoiou o Fundo Becket para Liberdade Religiosa, em oposição à tentativa do governo do então presidente, Barack Obama, de abordar interesses religiosos com relação a métodos contraceptivos no Obamacare. Questionada sobre o assunto, ela disse que observaria as leis federais para decidir, destacando sua imparcialidade em assuntos sobre os quais já havia falado antes.

    (Com informações de Joan Biskupic, da CNN, em Atlanta)

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