Trump declara emergência nacional nos EUA para combate ao coronavírus
Presidente diz que medida permitirá liberação de US$ 50 bilhões para o combate ao COVID-19 nos Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (13) uma emergência nacional no país devido ao rápido crescimento do coronavírus (COVID-19) no país.
Segundo Trump, a medida permite que o governo federal forneça cerca de US$ 50 bilhões (R$ 241 bilhões, na cotação de hoje) em ajuda para combater a doença. O presidente fez o anúncio em uma entrevista coletiva nos jardins da Casa Branca.
Trump disse que estava declarando emergência nacional para “liberar todo o poder do governo federal”. Ele fez um apelo para que todos estados criem centros de emergência para ajudar a combater o vírus.
Trump estava sob pressão para declarar uma emergência de doenças infecciosas sob lei de 1988 que permitiria à Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês) fornecer fundos de desastres para governos estaduais e municipais e equipes de suporte de implantação. Esse poder raramente é usado. O ex-presidente Bill Clinton, em 2000, declarou tal emergência para o vírus do Nilo Ocidental.
Casos nos EUA
Segundo os números mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), há 1.264 casos confirmados e 36 mortes decorrentes do novo coronavírus nos Estados Unidos. De acordo com o vice-presidente Mike Pence, os casos estão em 46 dos 50 estados americanos.
A rápida evolução dos casos nos EUA, que se multiplicaram em quase seis vezes em menos de uma semana, acompanha a mudança de tom do governo americano sobre a crise. Em declaração no último dia 27, Trump afirmava que o coronavírus ia “desaparecer” em algum momento e que os então 15 casos confirmados da doença “logo terão caído para três ou quatro”.
Os casos de coronavírus crescem faltando poucos meses para as eleições americanas de novembro deste ano. Donald Trump é candidato à reeleição e deve enfrentar o democrata que vencer a disputa entre o ex-vice-presidente Joe Biden e o senador Bernie Sanders.
*Com Reuters