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    Nokia planeja demitir até 14 mil funcionários para reduzir custos

    Empresa afirma que mudança ajudará a reduzir despesas com pessoal em até 15%

    Michelle Tohda CNN , Hong Kong

    A Nokia cortará até 14 mil empregos como parte de sua campanha de redução de custos, disse a empresa em comunicado na quinta-feira (19).

    A companhia finlandesa de telecomunicações anunciou a mudança como parte de uma reestruturação mais ampla afim de lidar com um ambiente de mercado mais fraco. Após os cortes, a Nokia reduzirá o seu quadro de funcionários de 86 mil para algo entre 72 mil e 77 mil.

    A mudança ajudará a empresa a reduzir as despesas com pessoal em 10% a 15% e a poupar pelo menos 400 milhões de euros (R$ 2,137 bilhões) só em 2024, previu a empresa.

    No geral, a Nokia afirma que as reduções deverão reduzir os custos em até 1,2 bilhões de euros (R$ 6,41 bilhões) por volta de 2026.

    “As decisões de negócios mais difíceis de tomar são aquelas que impactam nosso pessoal”, disse o CEO Pekka Lundmark no comunicado. “Temos funcionários imensamente talentosos na Nokia e apoiaremos todos os que forem afetados por este processo.”

    O anúncio veio no mesmo dia em que a empresa relatou resultados piores do que o esperado.

    A Nokia afirmou que as vendas no terceiro trimestre caíram 15% em comparação com o mesmo período de 2022, uma vez que “a incerteza macroeconômica e as taxas de juro mais elevadas continuam a pressionar os gastos dos operadores”.

    As vendas da rede móvel caíram 19% no terceiro trimestre em comparação com o ano anterior, acrescentou a empresa, devido a uma desaceleração no ritmo de implantação do 5G em mercados como a Índia.

    Esta semana, a rival sueca Ericsson também alertou que as vendas no segundo semestre de 2023 provavelmente seriam inferiores ao habitual, ecoando as observações da Nokia sobre um “ambiente desafiador e incerteza macroeconômica”.

    Mas a Nokia manteve as suas perspectivas para 2023, prevendo entre 23,2 bilhões e 24,6 bilhões de euros (R$ 123,96 bilhões e R$ 131,44 bilhões) em vendas para o ano inteiro.

    “Continuamos a acreditar na atratividade dos nossos mercados a médio e longo prazo”, disse Lundmark.

    Veja também: WW debate a influência do mercado externo na economia brasileira

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