Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Alguns republicanos planejam desafiar a vitória de Biden no Colégio Eleitoral

    Aliados de Trump têm praticamente zero chances de mudar o resultado; o que eles podem fazer é apenas adiar a confirmação inevitável de Biden como vencedor

    O presidente-eleito dos Estados Unidos, Joe Biden
    O presidente-eleito dos Estados Unidos, Joe Biden Foto: Reuters

    O Congresso dos Estados Unidos vai contar os votos do Colégio Eleitoral em uma sessão conjunta no dia 6 de janeiro. Será a última chance para o atual presidente dos EUA, Donald Trump, tentar anular o resultado das eleições presidenciais deste ano, as quais ele perdeu para o democrata Joe Biden.

    Na verdade, os aliados republicanos de Trump têm praticamente zero chances de mudar o resultado. O que eles podem fazer é apenas adiar a confirmação inevitável de Biden como vencedor no Colégio Eleitoral e, portanto, próximo presidente.

    Assista e leia também:
    Após dar à luz intubada, mãe morre por complicações da Covid; família faz alerta
    Fux exonera secretário que pediu para a Fiocruz reservar vacinas para o STF
    Trump assina pacote de socorro em meio à pandemia e evita paralisação do governo

    Mas isso não impede Trump – que divulgou teorias da conspiração sem qualquer base para alegar que venceu a eleição – de pressionar o Congresso para contestar o resultado em janeiro.

    Pouco antes do Natal, ele recebeu na Casa Branca parlamentares republicanos que lideram os esforços para essa contestação, liderados pelo deputado Mo Brooks, do Alabama. “Acredito que temos diversos senadores, e a questão não é se, mas quantos”, afirmou Brooks na semana passada.

    Ele disse que os republicanos estão se preparando para contestar a vitória de Biden em ao menos seis estados, o que levaria a mais de 10 horas de debate na Câmara dos Deputados e no Senado, transformando a contagem para a vitória de Biden em um circo político.

    O que pode acontecer

    Quando o Congresso se reuniu para confirmar os resultados das eleições presidenciais de 2004, a então senadora Barbara Boxer foi a única no Senado a contestar a reeleição de George W. Bush em Ohio sobre o democrata John Kerry. A atitude forçou as duas Casas a votar, pela segunda vez em um século, se rejeitavam os votos do Colégio Eleitoral no estado em questão.

    Esse é o mesmo cenário que pode acontecer na próxima semana, com Trump pedindo publicamente aos apoiadores dele no Congresso para contestaram a vitória de Biden em estados-chave que tiveram um grande número de votos enviados pelo correio, por causa da pandemia de Covid-19.

    Um grupo de deputados republicanos se prepara para contestar e eles precisam que ao menos um senador se junte a eles para forçar as duas Casas a votarem sobre o assunto.

    Apesar de o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, ter pedido, em particular, aos senadores republicanos para evitarem essa polêmica, alguns deles se recusaram a descartar participação. Além disso, o senador eleito Tommy Tuberville, do Alabama, deixou em aberto a possibilidade de se unir ao esforço pró-Trump.

    Em uma entrevista à CNN, Boxer disse que as circunstâncias são totalmente diferentes este ano, quando Trump e aliados buscam anular o resultado de uma eleição nacional, do que quando ela se juntou à então deputada democrata por Ohio Stephanie Tubbs Jones para contestar a derrota de Kerry,

    (Com informações de Jeremy Herb, da CNN Internacional)