Merkel pede que alemães fiquem em casa até depois da Páscoa para derrotar vírus
Maior economia da Europa, a Alemanha pode encolher até 5,4% neste ano, apesar de pacote de estímulos de mais de € 750 bilhões
A Alemanha prorrogará as medidas de distanciamento social adotadas no mês passado para frear a disseminação do coronavírus até 19 de abril, e o governo reavaliará a situação depois do feriado da Páscoa, disse a chanceler Angela Merkel nesta quarta-feira (1º).
O país fechou escolas, lojas, restaurantes, parques de diversão e instalações esportivas, e muitas empresas interromperam a produção para ajudar a combater a doença, mas os números de casos novos e mortes de coronavírus ainda estão subindo.
“Estamos vendo algum efeito pequeno (das medidas), mas estamos longe de onde precisamos estar”, disse Merkel a repórteres após uma teleconferência com representantes dos 16 estados alemães. “Sabemos que uma pandemia não leva em conta os feriados”, acrescentou, pedindo às pessoas que não viajem durante a Páscoa.
A Alemanha, país que tem a maior economia da Europa, pode encolher até 5,4% neste ano, alertaram os assessores econômicos do governo, e apesar de um pacote de estímulo de mais de € 750 bilhões (cerca de R$ 4,3 trilhões) para amenizar o golpe, as empresas estão ansiosas para voltar ao trabalho assim que for seguro.
Ainda nesta quarta-feira, Merkel debateu o impacto da crise com representantes da indústria automotiva, incluindo chefes de sindicatos, disseram o governo e fontes do setor à Reuters.
O jornal Stuttgarter Zeitung noticiou que a associação automotiva VDA e sindicatos delinearam quais medidas políticas acham serem necessárias para reativar a economia após a crise. O ministro das Finanças, Olaf Scholz, anunciou mais cedo nesta quarta-feira um apoio de € 2 bilhões de euros (cerca de R$ 11,54 bilhões) a startups.