Depois do inverno, nova-iorquinos ignoram ordens e saem de casa em dia de sol

Na Flórida e na Califórnia, algumas praias reabriram e tiveram movimento, mesmo com a quarentena ainda em vigor. No sábado (25) ensolarado, nova-iorquinos fizeram piqueniques e saíram para praticar esportes ao ar livre na beira do Rio Hudson.

Uma cena típica de um dia qualquer de primavera, mas a maior cidade dos Estados Unidos é também a mais afetada pela pandemia do novo coronavírus no mundo, com mais de 158 mil caos da doença. A quantidade de pessoas ignorando o distanciamento social deixou o trabalho da polícia mais difícil.

No píer 45, dois policiais tentavam pedir para que grupos de amigos sentassem mais afastados. Quadras de esporte continuam fechadas, mas parques seguem abertos. Reuniões estão sujeitas à multa, mas correr, pedalar e passear com a família é permitido.

O isolamento está em vigor em todo o estado de Nova York há mais de um mês e a cidade deve ficar parada por, no mínimo, mais três semanas. O número de mortes e hospitalizações pela COVID-19 segue desacelerando e o confinamento tem grande adesão.

Nova York, Seattle, Nova Orleans e São Francisco são as cidades que mais respeitam a ordem de ficar em casa, segundo dados do Centro americano de Controle de Doenças (CDC), relativos ao início de abril.

No entanto, a proximidade do verão faz autoridades locais pensarem em alternativas, como fechar ruas para carros e, assim, permitir que moradores impacientes para sair de casa possam caminhar ao ar livre respeitando quase dois metros de espaço.

Conservadores fizeram um novo final de semana de protestos de baixa escala pedindo o fim da quarentena nos estados de Oregon, Rhode Island, Texas e Wisconsin. Mais de 90% do país está sob a ordem de ficar em casa, mas o debate sobre as modalidades de flexibilização do confinamento cresce. Quatro estados reabriram nos últimos dias e mais 15 vão iniciar reabertura parcial nesse semana.