Com mais de 7 mil mortes por Covid-19, Suécia diz que não precisa de máscaras
“Máscaras podem ser necessárias em algumas situações. Estas situações não surgiram na Suécia ainda", disse principal epidemiologista do país
“A Suécia ainda não precisa de máscaras”, disse uma autoridade de saúde de alto escalão nesta quinta-feira (3), quando as mortes decorrentes da pandemia passaram de 7 mil e um dia depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ampliar as recomendações sobre máscaras.
Na quarta-feira, a OMS disse que, onde a epidemia estiver se disseminando, as pessoas – inclusive crianças e alunos de 12 anos ou mais – deveriam usar máscaras sempre em lojas, ambientes de trabalho e escolas que não têm ventilação adequada e quando receberem visitas em casa em cômodos pouco ventilados.
Mas a Agência Sueca de Saúde, essencialmente contra o lockdown no país, não chegou a recomendar as máscaras, citando os indícios frágeis de sua eficácia e os temores de que estas possam ser usadas como desculpa para as pessoas não se isolarem quanto tiverem sintomas.
Leia e ouça também:
Mulher de 102 anos sobreviveu à gripe de 1918 e duas vezes ao coronavírus
De morcegos a visons: como doenças passam de animais para humanos?
Podcast: Segunda onda da Covid-19 avança e Europa tem recorde de casos e mortes
“Máscaras podem ser necessárias em algumas situações. Estas situações não surgiram na Suécia ainda, de acordo com nosso diálogo com (os serviços de saúde das) regiões”, disse Anders Tegnell, o principal epidemiologista sueco, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira.
“Todos os estudos até agora sugerem que é muito mais importante manter a distância do que ter uma máscara”, disse.
Na tentativa de conter uma segunda onda, o primeiro-ministro, Stefan Lofven, anunciou nesta quinta-feira que as escolas de segundo grau adotarão o ensino virtual pelo resto do ano.