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    Milhares vão às ruas de Paris contra o racismo; polícia usa bombas de gás

    Protestos também ocorreram em outros países neste sábado, incluindo em diversas cidades australianas, Taipé, Zurique e Londres

    Milhares de manifestantes antirracismo reuniram-se no centro de Paris neste sábado (13), mantendo a onda de protestos que tomou o mundo após a morte de George Floyd, um homem negro, de 46 anos, nos Estados Unidos.

    A polícia francesa usou bombas de gás para impedir que os manifestantes marchassem pelo centro da capital da França.

    A questão racial despertada pela morte de Floyd sob custódia da polícia ressoou na França, especialmente nos subúrbios da cidade, onde grupos de direitos humanos afirmam que há acusações de tratamento violento da polícia francesa contra moradores, frequentemente com raízes imigrantes.

    Um cartaz carregado pela multidão na Praça da República dizia: “Espero que não seja morto por ser negro hoje”. Outro carregava uma mensagem para o governo: “Se você semear injustiça, colherá revolta”.

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    Assa Traoré, irmã de Adama Traoré, que morreu perto de Paris, em 2016, após a polícia detê-lo, discursou à multidão: “A morte de George Floyd ecoa com força na morte do meu irmãozinho na França”, disse. “O que está acontecendo nos Estados Unidos acontece na França. Nossos irmãos estão morrendo.”

    A família de Traoré afirma que ele foi asfixiado quando três policiais o prenderam no chão com o peso dos seus corpos. As autoridades afirmam que a causa da morte não está clara.

    O ministro do Interior, Christophe Castaner, disse anteriormente nesta semana que reconhece que há “suspeitas comprovadas de racismo” nas agências policiais da França.

    Protestos também ocorreram em outros países neste sábado, incluindo em diversas cidades australianas, Taipé, Zurique e Londres.