UFRJ pede reforço policial por causa da proximidade com o Complexo da Maré
Conjunto de favelas é alvo de ações das forças de segurança do Rio de Janeiro pelo sexto dia
A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pediu, nesta quarta-feira (18), ao governo fluminense um reforço no policiamento na Cidade Universitária.
Localizada na Ilha do Fundão, o campus fica a cerca de seis quilômetros do Complexo da Maré, alvo de ações das forças de segurança do estado pelo sexto dia.
Em nota, a Polícia Militar informou à CNN que está em constante diálogo com a universidade e atua nas ruas da Ilha do Fundão para coibir os delitos e com rondas e abordagens no entorno e no interior da Cidade Universitária, que é uma área federal.
A corporação informou, ainda, que além do patrulhamento ostensivo, a área conta com segurança privada patrimonial e equipes do Programa Rio Mais Seguro Fundão.
Nesta quarta-feira, a polícia descobriu um depósito no Parque União onde funcionava um laboratório de lança-perfume.
No local, foram apreendidos 300 litros de éter, substância usada na produção da droga, além de centenas de frascos tonéis, produtos químicos usados no refino do entorpecente, entre outros itens.
Os policiais militares atuaram também nas comunidades Nova Holanda e Sem Terra. Participaram da ação o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Ações com Cães (Bac).
Neste sexto dia de ações, três pessoas foram presas: duas no Parque União e uma Nova Holanda. Também houve a apreensão de duas motocicletas roubadas e 138 caixas de medicamentos, seis máquinas de jogos de azar, além de 49 placas de identificação de veículos, uma pistola, um carregador de pistola, munição e três granadas. Foram retiradas 2,5 toneladas de barricadas.
Desde o início da ação, no último dia 9, a Operação Maré teve como resultado, até agora, a prisão de 28 criminosos, apreensão de mais de meia tonelada de maconha e drogas sintéticas, assim como de 100 quilos de pasta base de cocaína. Armas, sendo 14 fuzis e 10 pistolas, e 103 veículos também foram apreendidos, além de 70 toneladas de barricadas terem sido retiradas das ruas. De acordo com o governo do estado, a operação já causou um prejuízo de mais de R$ 20 milhões ao tráfico de drogas.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) intensificou a vistoria em todo o sistema prisional fluminense. O governador Cláudio Castro (PL) alinhou a transferência de líderes de facções criminosas para presídios federais junto ao procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos. Além disso, trabalha em congruência com a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal.
“Estamos atuando de maneira ostensiva contra o crime organizado. Os saldos positivos das ações mostram que o uso da inteligência aliado à tecnologia é o caminho mais eficiente para enfraquecer a atuação dessas facções criminosas. Essa é a resposta do Estado para o crime organizado, não vamos recuar”, disse o governador.