Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    1º voo de Israel aos Emirados Árabes leva delegações para selar acordo de paz

    Apesar de não ter relações diplomáticas com Israel, Arábia Saudita deu permissão para o Boeing 737 da El Al Airlines sobrevoar seu território

    O primeiro voo de Israel aos Emirados Árabes Unidos (EAU) decolou nesta segunda-feira (31) de Tel-Aviv, levando delegações israelenses e norte-americanas para participar de conversas para selar o acordo de normalização da relação entre os dois países, que contou com a ajuda dos Estados Unidos.

    A Arábia Saudita, que não tem relações diplomáticas com Israel, deu permissão para o Boeing 737 da El Al Airlines sobrevoar seu território na rota para a capital dos EAU, Abu Dhabi, informou uma fonte com conhecimento sobre o plano de voo.

    Os altos funcionários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegaram nesta manhã aos EAU. 

    Assista e leia também:
    Emirados Árabes cometem grande erro em acordo com Israel, diz presidente do Irã
    Acordo entre Israel e Emirados teve ‘paz em troca de paz’, diz analista político

    Delegações dos EUA e de Israel viajaram aos Emirados Árabes
    Delegações dos EUA e de Israel viajaram aos Emirados Árabes para formalizar acordo de paz
    Foto: Christopher Pike – 31.ago.2020 / Reuters

    “É isso que a paz pela paz parece”, escreveu o premiê israelense no Twitter, referindo-se ao acordo de laços formais com o país árabe que não implica entrega das terras que Israel capturou na guerra de 1967.

    Acordo de paz

    Anunciado no dia 13 de agosto, o tratado de normalização é o primeiro do tipo entre os Emirados Árabes e Israel em mais de 20 anos, e foi catalisado em grande parte por um medo comum em relação ao Irã.

    Os palestinos ficaram assustados com a decisão dos EAU, preocupados que o acordo fosse enfraquecer uma antiga posição pan-arábica que pediu a retirada de Israel do território ocupado, e a aceitação do estado palestino, em troca de relações normalizadas com os países árabes.

    O conselheiro-sênior e genro de Trump, Jared Kushner, e o conselheiro de segurança nacional do presidente, Robert O’Brien, lideram a delegação dos EUA. A equipe israelense é liderada pelo conselheiro de segurança nacional de Netanyahu, Meir Ben-Shabbat.

    Cooperação em comércio e turismo

    As autoridades vão explorar a cooperação bilateral em setores como comércio e turismo. Enviados do departamento de Defesa de Israel devem visitar os Emirados Árabes separadamente em outro momento.

    Os altos funcionários israelenses esperam que a viagem de dois dias leve ao estabelecimento de uma data para a cerimônia de assinatura em Washington, talvez em setembro, com Netanyahu e o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, o xeque Mohammed bin Zayed al-Nahyan.

    O evento pode dar a Trump um impulso em sua política externa em meio à campanha de reeleição do republicano.

    A gestão de Trump vem tentando persuadir os países árabes sunitas preocupados com o Irã a se unir a Israel. O mais poderoso deles, Arábia Saudita, apesar de abrir seu espaço aéreo para o voo das delegações nesta segunda, sinalizou que não está pronto para isso.

    (Com Reuters)

    Tópicos