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    Covid-19: China adere ao Covax, consórcio da OMS para distribuição de vacinas

    Governo chinês não detalhou verba que destinará para apoiar o programa, que tem participação do Brasil desde setembro. EUA e Rússia não aderiram até o momento

    Laboratórios do mundo todo estão atrás da vacina contra a Coivd-19
    Laboratórios do mundo todo estão atrás da vacina contra a Coivd-19 Foto: Pixabay

    Da CNN

    A China informou, nesta sexta-feira (9), que aderiu à iniciativa Covax Facility, consórcio mundial que visa impulsionar o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, co-liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, o país asiático se torna a maior economia até o momento a se juntar ao programa.

    Em 24 de setembro, o Brasil se juntou oficialmente à iniciativa, após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinar duas medidas provisórias com a liberação de R$ 2,5 bilhões para que o Brasil integre o Covax.

    O movimento da China, onde o novo coronavírus foi diagnosticado pela primeira vez, ocorre em um momento de conversas separadas com a OMS para que as vacinas chinesas contra a Covid-19 sejam avaliadas para uso internacional.

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    A decisão do governo chinês também surge em meio a críticas internacionais sobre a forma como Pequim está lidando com a pandemia, que fez com que visões desfavoráveis em relação à China aumentassem em uma pesquisa recente, que entrevistou moradores de outros paíss.

    Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores chinês desta sexta-feira não deu detalhes sobre o nível de apoio que Pequim dará ao programa, embora o presidente Xi Jinping tenha prometido em maio US$ 2 bilhões nos próximos dois anos para ajudar a lidar com a pandemia que já deixou mais de 1 milhão de mortos em todo o planeta.

    “Estamos dando este passo concreto para garantir a distribuição equitativa de vacinas, especialmente para os países em desenvolvimento, e esperamos que países mais capazes também se juntem e apoiem o Covax”, disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, em comunicado.

    O consórcio visa entregar pelo menos 2 bilhões de doses de vacinas até o final de 2021.

    A China se junta a cerca de 168 países que já anunciaram sua participação na Covax. Entre grandes potências, Estados Unidos e Rússia ainda não aderiram ao programa.

    A Covax é co-liderada pela Aliança Global de Vacinação (Gavi, na sigla em inglês), a OMS e a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI).

    Hua, do Ministério das Relações Exteriores da China, também disse em comunicado de sexta-feira que a China tem ampla capacidade de fabricação de vacinas contra a Covid-19 e priorizará o fornecimento aos países em desenvolvimento quando as vacinas estiverem prontas.

    A China tem pelo menos quatro vacinas experimentais em estágio final de testes clínicos – duas são desenvolvidas pelo China National Biotec Group (CNBG), e as duas restantes são da Sinovac Biotech e CanSino Biologics, respectivamente.

    O governo chinês já vacinou, como medida emergencial, centenas de milhares de trabalhadores essenciais e outros grupos considerados de alto risco, mesmo que os testes clínicos não tenham sido totalmente concluídos

    (Com informações de Colin Qian, Roxanne Liu e Ryan Woo, da Reuters; e Steven Jiang, da CNN)