‘Será preciso um milagre para ele andar de novo’, diz advogado de Jacob Blake

Durante coletiva nesta terça-feira (25), Ben Crump, advogado da família de Jacob Blake, homem negro baleado na frente dos filhos por um policial branco no estado norte-americano do Wisconsin, afirmou que “será preciso um milagre para que Blake ande de novo”. 

Blake, de 29 anos, foi atacado pela polícia na noite de domingo (23) ao tentar entrar no próprio carro. Ele levou ao menos sete tiros. Dentro do veículo, estavam os filhos de três, cinco e oito anos, além da esposa dele.

Manifestantes tomaram as ruas desde que vídeos da ocorrência começaram a circular nas redes sociais. Ainda nesta terça (25/08), Jacob Sr., pai de Blake, confirmou que ele estava paralisado da cintura para baixo. 

O advogado Ben Crump, que também representou a família de George Floyd, pediu que os promotores prendam o policial que atirou em Blake e que os outros agentes envolvidos na ocorrência sejam demitidos imediatamente. 

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“As pessoas questionam por que temos que dizer ‘vidas negras importam’ — é por isso. E isso tem que parar, e tem que parar nos níveis mais altos de nosso governo”, afirmou.

Segundo Patrick Salvi, também advogado da família, a medula espinhal de Blake foi atravessada por uma das balas. “Ele tem buracos no estômago e teve que remover quase todo o cólon e o intestino delgado”, afirmou. 

Blake também sofreu danos nos rins e no fígado, além de ser atingido no braço. Enquanto familiares e o time de advogados faziam a coletiva, Blake passava por uma cirurgia que, segundo eles, não será a última. 

Muito emocionada, a mãe de Blake, Julia Jackson, pediu união e orações para o filho. Ela também afirmou que os protestos violentos não representam ele e sua família. 

“Nós somos os Estados Unidos, mas nós já estivemos unidos? Vamos usar nosso coração e nossa inteligência para trabalhar juntos e mostrar ao mundo como humanos deveriam tratar uns aos outros. A América é grande quando tratamos uns aos outros de forma grandiosa”, disse. 

*sob supervisão Evelyne Lorenzetti. Com informações da CNN Internacional