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    Primeiro-ministro do Líbano quer projeto para antecipar eleições parlamentares

    Além da antecipação das eleições, Diab afirma que o governo estipulou um prazo de 60 dias para realizar as reformas que irão reconstruir o país

    da CNN

    Em discurso realizado neste sábado (8), o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, afirmou que irá sugerir um projeto de lei na próxima segunda-feira (10), para antecipar as eleições parlamentares no país. O pronunciamento foi feito após milhares de libaneses tomarem as ruas da capital Beirute, em protesto à grave crise político-econômica pela qual o país passa. 

    Além da antecipação das eleições, Diab afirma que o governo estipulou um prazo de 60 dias para realizar as reformas para reconstruir o país. Em tom de pacificação, o primeiro-ministro afirma que é hora de ter serenidade para que os libaneses consigam passar por um momento “tão delicado” e, assim, enfrentar os problemas de frente. 

    “Hoje, em meio à crise que vivemos, temos que nos unir para passar por essa fase turbulenta e, assim, conseguir responder todas as questões e exigências populares”, afirmou Diab. 

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    O primeiro-ministro ainda reforçou que ao longo dos últimos quatro dias, o Líbano e o governo foram alvos de inúmeras fake news, indicando que o governo libanês era contra receber qualquer ajuda. 

    “O que se pede hoje é responsabilidade nacional. O país está vivendo uma catástrofe muito maior do que poderia suportar. É um período muito difícil. A população está dolorida e necessitando qualquer ajuda e o governo é grato a todos que se colocaram ao lado do país”, disse Diab. 

    Ao longo do discurso, Hassan Diab também garantiu a população que todos os culpados serão julgados e condenados “e que ninguém será protegido”. Diab disse ainda que não entende como o depósito do porto poderia guardar, desde 2013, produtos que provocaram uma explosãodessa magnitude.

    “Está na hora de ouvir a verdade e todas as medidas judiciais mostrarão o que de fato aconteceu e motivou a explosão que causou dor para tantas famílias”, declarou. 

    Entenda o caso

    Milhares de libaneses tomam as ruas da capital Beirute em protesto à grave crise político-econômica pela qual passa o país, pedindo a renúncia do governo e do parlamento. O estopim para a reação dos manifestantes foram as explosões que deixaram mais de 150 mortos e mais de 6 mil feridos na última terça-feira (4) na região portuária da capital libanesa.

    O país vive uma de suas piores crises econômicas da história recente. Isso porque um terço da população vivia abaixo da linha da pobreza no ano passado, segundo estimativa do Banco Mundial. Além disso, o Produto Interno Bruto do país deve recuar 12% neste ano, seguindo uma retração de 6,5% no último ano, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

    (Edição: Paula Bezerra)

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