Trump reage ao banimento do Facebook e pede que redes sociais sejam punidas
Em nota, presidente acusou as maiores empresas de tecnologia do mundo de promoverem um movimento contra a liberdade de expressão
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump comentou a decisão do conselho do Facebook que optou na manhã desta quarta-feira (5) por manter o seu banimento da plataforma. Em nota à imprensa, Trump chamou algumas das maiores empresas de tecnologia e redes sociais de “vergonha total”.
O ex-presidente acusou as big techs de violarem a liberdade de expressão de um chefe de estado — posto que Trump não ocupa desde que deixou a Casa Branca no dia 21 janeiro — por supostos interesses de agentes de esquerda.
“O que o Facebook, Twitter e Google fizeram é uma vergonha total e uma vergonha para o nosso país. A liberdade de expressão foi retirada do presidente dos Estados Unidos porque os lunáticos da esquerda radical têm medo da verdade, mas a verdade virá de qualquer maneira, maior e mais forte do que nunca. O povo do nosso País não o suportará! Essas empresas corruptas de mídia social devem pagar um preço político e nunca mais poder destruir e dizimar nosso Processo Eleitoral”, escreveu Trump.
Em contrapartida às acusações de Trump, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse em um post que “os riscos de permitir que o presidente continue a usar nosso serviço durante este período são simplesmente grandes demais”.
O Facebook suspendeu a conta de Trump após os eventos que levaram à invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro. Durante o período de transição do governo, o ex-presidente usou as redes sociais de forma reiterada para contestar o resultado das eleições, ameaçar não transmitir o cargo a Joe Biden e, nas visão da rede social, insuflar a desordem e o discurso de ordem entre seus apoiadores.
“Essa penalidade (banimento de Trump) deve ser baseada na gravidade da violação e na perspectiva de danos futuros. Também deve ser consistente com as regras do Facebook para violações graves, que devem, por sua vez, ser claras, necessárias e proporcionais”, escreveu o conselho no documento que ratificou a decisão.