Casa Branca diz que Israel acredita “muito fortemente” que não causou explosão em hospital
Bombardeio matou de 200 a 300 pessoas que estavam na unidade de saúde, segundo estimativas do Ministério da Saúde palestino
Israel sente “muito fortemente” que não causou a explosão de um hospital na Faixa de Gaza nesta terça-feira (17), disse a Casa Branca nesta noite.
“Os israelenses negaram categoricamente e de forma muito estridente que tivessem qualquer coisa a ver com isso”, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, a repórteres a bordo da aeronave Air Force One.
Ele afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com “todos os líderes envolvidos” na sua viagem a Israel, com partida nesta terça-feira (17), “para que todos pudessem tomar uma decisão coletiva sobre a importância de ir”.
Questionado se os EUA estavam dando a Israel o “benefício da dúvida”, Kirby se recusou a comentar onde o governo acha que está a responsabilidade pela explosão.
Biden instruiu a equipe de segurança nacional a reunir o máximo de informações e contextos possíveis “para que possamos entender o que aconteceu”, disse Kirby.
Quanto ao cancelamento da viagem de Biden a Amã, na Jordânia, Kirby disse que foi uma “decisão mútua” entre autoridades jordanianas e norte-americanas.
Biden deveria se encontrar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e outros na Jordânia, mas Abbas cancelou sua reunião com Biden na terça. A Casa Branca disse que isso se deveu a um período de luto de três dias.
“A decisão de não ir a Amã foi tomada de forma mútua quando o presidente falou com o rei no início desta tarde”, disse Kirby, referindo-se à ligação de Biden com o rei Abdullah II da Jordânia.
“Ambos concordaram que, agora, não era o momento de tentar fazer essa reunião, especialmente com o presidente Abbas, deixando muito claro – compreensivelmente – que queria voltar para casa para três dias de luto”.
Questionado sobre por que o presidente não adiou sua viagem até depois do período de luto de três dias, Kirby disse que ainda havia uma “agenda bastante robusta” para Biden em Israel.
“Ele quer ter essas discussões diretamente com o primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu e o Gabinete de Guerra”, disse Kirby.
“Ele está ansioso por ter a oportunidade de agradecer aos socorristas, obviamente sente que é importante, como é o seu desejo normal, falar com familiares que estão sofrendo, ansiosos, preocupados e de luto”.
“Mesmo que a parte de Amã não vá acontecer – novamente por razões perfeitamente compreensíveis – isso não nega a razão para ir”, completou Kirby.