Por reação à Covid-19, premiê neozelandesa é a mais popular do país em 100 anos
Ações de Jacinda Ardern fizeram da Nova Zelândia um das nações mais bem-sucedidas na contenção do novo coronavírus
Jacinda Ardern se tornou a primeira-ministra mais popular da Nova Zelândia em 100 anos, segundo uma pesquisa da empresa Newshub-Reid divulgada nessa segunda-feira (18). O motivo para esse status foi a reação dela à pandemia do novo coronavírus, que fez de seu país um dos mais bem-sucedidos na contenção da doença.
A primeira pesquisa pública desde que a crise da doença se instaurou mostrou que a popularidade do Partido Trabalhista da premiê aumentou 14 pontos porcentuais e chegou a 56,5% – a maior de qualquer partido em toda a história.
Do outro lado, a maior sigla do Parlamento, os Nacionais, perdeu 12,7 pontos porcentuais e está com 30,6% de aprovação.
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A enquete foi realizada entre os dias 8 e 16 de maio, e metade das respostas foi obtida após a sanção do orçamento federal na quinta-feira (14).
Como premiê, Ardern apareceu com 59,5%, um aumento de 20,8 pontos porcentuais em relação à pesquisa anterior e o índice mais alto já obtido por qualquer líder na história dos levantamentos da neozelandesa Newshub-Reid.
A enquete levou em conta o sentimento público nos últimos dias com relação ao rigoroso isolamento de nível três do país, que também teve apoio maciço: 92% dos entrevistados disseram ter sido a decisão certa.
A nação do Pacífico ficou confinada durante mais de um mês com restrições de “nível 4”, que foram reduzidas em um grau no final de abril. A premiê continuou a impor medidas sociais rígidas a muitos cidadãos e negócios, ajudando a evitar uma disseminação comunitária generalizada do vírus.
Pontos comerciais como shoppings, cinemas, cafés e academias reabriram na quinta-feira.
A ascensão estratosférica de Ardern como premiê mais jovem do país e a terceira mulher a ocupar o cargo levou os neozelandeses a cunharem a expressão “Jacindamania”.