Trump se refere à COVID-19 como ‘peste’ e alerta EUA sobre ‘semanas difíceis’
Estimativa da Casa Branca aponta que, mesmo com medidas de quarentena, país pode ter entre 100 mil e 240 mil mortes pelo novo coronavírus
O presidente Donald Trump advertiu, nesta terça-feira (31), que os Estados Unidos enfrentarão ao menos duas “semanas muito difíceis” por conta do novo coronavírus (COVID-19). Mesmo com a adoção de medidas rigorosas nos últimos dias para restringir a circulação de pessoas nas ruas do país, um estudo da Casa Branca indica que entre 100.000 e 240.000 americanos podem morrer por conta da doença.
A projeção da Casa Branca é semelhante à que foi apontada recentemente por especialistas. Segundo os levantamentos, se nenhuma ação fosse tomada as mortes poderiam ir de 1,5 a 2,2 milhões no curto prazo em todo o país.
Diante dos números, Trump declarou que o coronavírus “não é uma gripe” e usou o termo “peste” (‘plague“, em inglês) para se referir à doença.
Após afirmar que se empenharia para reduzir o período de quarentena no país, o presidente americano já havia recuado no último domingo, ao decretar a extensão das medidas – iniciadas em 16 de março – até pelo menos o fim de abril.
Nesta terça-feira, o número de mortos em decorrência do coronavírus nos Estados Unidos superou o total de vítimas fatais nos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. O país, que já tinha alcançado a liderança mundial no número de casos, também ultrapassou a China no total de mortes e atualmente tem menos óbitos apenas que Itália e Espanha.
Pelo levantamento em tempo real da universidade John Hopkins, no fim desta terça os Estados Unidos somavam mais de 188 mil casos da doença e mais de 3.800 mortes.