Por incêndio florestal, cidade em lockdown pede que milhares deixem casas
Por temor de incêndio florestal, Perth, a quarta maior cidade da Austrália, reverteu as ordens de lockdown contra Covid-19 em áreas ameaçadas
Fortes ventos que ameaçam provocar um incêndio florestal levaram autoridades da Austrália a pedir, nesta quarta-feira (3), que milhares de pessoas deixem suas casas na cidade de Perth, revertendo em algumas áreas as ordens de lockdown depois que o estado detectou sua primeira infecção pelo novo coronavírus em 10 meses.
Há cerca de um ano, um incêndio na região destruiu uma faixa de mais de 9.000 hectares e 71 residências, lembraram as autoridades.
Enquanto os bombeiros lutavam contra um incêndio em terreno íngreme e inóspito, as autoridades disseram aos residentes de Bullsbrook, um subúrbio de 6.600 habitantes na quarta maior cidade da Austrália, que ignorassem a ordem de ficar em casa e partissem imediatamente à medida em que o tempo quente e seco aumentar.
“Sabemos com que rapidez as coisas podem ficar ruins”, disse o premiê australiano Mark McGowan em entrevista coletiva, acrescentando que um de seus conhecidos pessoais havia perdido a casa.
Céu alaranjado em Perth gera temores de incêndios florestais
Foto: Twitter/ Reprodução
“Eles estão esperando ventos extremamente fortes. É por isso que estamos dizendo: se você pode sair, por favor, saia agora. Por favor, aja para salvar sua vida.”
Ao mesmo tempo, 2 milhões de residentes da cidade estão sob um bloqueio de cinco dias até sexta-feira, depois que um trabalhador da quarentena de um hotel testou positivo para a variante da Covid-19 registrada originalmente no Reino Unido, considerada mais contagiosa.
As regras exigem que eles fiquem em casa, exceto para trabalho essencial, saúde, compras de supermercado ou exercícios. Visitas a hospitais e lares de idosos são proibidas.
“É importante que todos tenham um plano e quando o pessoal do serviço de emergência pede que você aja de acordo com esse plano, isso supera qualquer ordem de bloqueio”, disse David Littleproud, o ministro de gerenciamento de emergências local, à rede ABC.
“Não deve haver confusão sobre isso.”
Nenhuma morte foi relatada nos incêndios, cujas origens ainda são desconhecidas.