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    Governador processa prefeita para impedir uso obrigatório de máscaras em Atlanta

    Há debate nacional nos Estados Unidos sobre obrigatoriedade do item de proteção

    Reuters

    Um debate nacional nos Estados Unidos sobre a exigência do uso de máscara para conter a pandemia do novo coronavírus ferveu no estado da Geórgia nesta sexta-feira (17), depois que o governador Brian Kemp processou a prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, para impedi-la de obrigar o uso de cobertura facial.

    Especialistas de saúde pública vêm incentivando os políticos e o público a cobrirem os rostos para ajudar a deter a disseminação das infecções em meio a uma polarização cultural mais ampla na nação.

    O presidente Donald Trump e seus seguidores têm resistido a uma aprovação explícita das máscaras, e vêm pedindo a retomada da atividade econômica normal depois dos isolamentos decretados para enfrentar a pandemia.

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    Kemp, um colega republicano e simpatizante de Trump, admitiu nesta sexta-feira (17) que as máscaras ajudariam a retardar infecções e pediu a todos os moradores da Geórgia que as usassem por pelo menos quatro semanas, mas disse que a obrigatoriedade é inexequível e sugeriu que prejudicaria a economia.

    “A ordem da prefeita Bottoms não pode ser cumprida, mas sua decisão de fechar negócios e prejudicar o crescimento econômico é devastadora”, disse Kemp em entrevista.

    Trump visitou Kemp em Atlanta nesta semana e se recusou a usar uma máscara, o que a prefeita democrata Bottoms disse ter violado a legislação da cidade.

    A ação aberta por Kemp nomeia como ré a prefeita de Atlanta, que é vista como estrela em ascensão no Partido Democrata. A prefeita divulgou neste mês que havia testado positivo para o coronavírus.

    O choque de Kemp com Bottoms se desenrolou enquanto a prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, anunciou que as escolas públicas de sua cidade, que tem o terceiro maior distrito escolar do país, planeja oferecer ensino presencial e virtual quando as aulas recomeçarem em algumas semanas.

    Enquanto autoridades estaduais e municipais se digladiam a respeito das máscaras, distritos escolares de toda a nação anunciam uma variedade de planos de ensino em sala de aula e em casa tendo em vista as exigências do governo Trump da volta às aulas.

    Lightfoot anunciou o plano híbrido apesar das objeções do Sindicato de Professores de Chicago, que diz que o ensino em sala de aula não é seguro. Ela convidou os pais a se manifestarem, mas os professores apelaram por aulas remotas.

    “Não existe maneira segura de reabrir nada durante a pandemia”, disse o presidente do sindicato, Jesse Sharkey, em um comunicado.

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