Representante dos EUA chama de perigosa suposta cooperação de armas entre Coreia do Norte e Rússia
Líder norte-coreano fez uma rara viagem à Rússia para se encontrar com Putin no mês passado, alimentando preocupações de que eles poderiam impulsionar as Forças Armadas da Rússia na Ucrânia, enquanto a Coreia do Norte poderia obter tecnologia de mísseis proibida pelas resoluções da ONU
As relações entre a Coreia do Norte e a Rússia são “muito preocupantes”, disse o representante especial dos Estados Unidos para a Coreia do Norte, Sung Kim, nesta terça-feira (17), depois que a Casa Branca afirmou, na semana passada, que Pyongyang forneceu recentemente à Rússia um carregamento de armas.
As entregas de armas entre os dois países são “perigosas” e “desestabilizadoras”, disse Kim aos repórteres após se reunir com seus pares da Coreia do Sul e Japão em Jacarta, e reafirmou o compromisso dos EUA de proteger seus aliados.
“Ao mesmo tempo, continuaremos nosso trabalho para combater as armas de destruição em massa e os mísseis balísticos ilegais da RPDC”, disse Kim em uma reunião, referindo-se à Coreia do Norte pela sigla de seu nome oficial, República Popular Democrática da Coreia.
A reunião foi realizada dias depois que os Estados Unidos disseram que a Coreia do Norte forneceu à Rússia um grande carregamento de armas, o que, segundo eles, levantou preocupações e indicou uma relação militar ampliada entre os dois países.
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, fez uma rara viagem à Rússia para se encontrar com o presidente Vladimir Putin no mês passado, alimentando preocupações de que eles poderiam impulsionar as Forças Armadas da Rússia na Ucrânia, enquanto a Coreia do Norte poderia obter tecnologia de mísseis proibida pelas resoluções da ONU.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, visitará a Coreia do Norte nesta semana, de acordo com a mídia estatal norte-coreana KCNA e o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
“Kim Jong Un continua com sua obsessão nuclear, sacrificando a subsistência das pessoas e violando seus direitos humanos”, disse Kim Gunn, enviado nuclear da Coreia do Sul, condenando a suposta cooperação militar entre Moscou e Pyongyang como uma violação “flagrante” das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.