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    “Brasil precisa ser enfático com Hamas, não cabe repudiar Israel neste momento”, diz presidente de comissão na Câmara

    Deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Casa, disse à CNN que vai cobrar do chefe do Itamaraty uma posição mais clara

    Pedro Venceslauda CNN

    Na véspera da audiência na Câmara do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), autor do convite e presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Casa, disse à CNN que vai cobrar do chefe do Itamaraty uma posição mais clara e contundente do Brasil em relação ao grupo radical islâmico Hamas.

    A oposição tentou convocar o chanceler, mas o convite aliviou a pressão sobre o Palácio do Planalto.

    Mauro Vieira aceitou responder aos parlamentares apesar da agenda apertada: ele embarca para Nova York logo depois da sessão no Congresso para participar da reunião do Conselho de Segurança da ONU.

    “A posição (do Itamaraty) precisa ser muito clara e enfática. Independente da posição formal da ONU, o Brasil não é obrigado a segui-la e tem autonomia para classificar o Hamas como um grupo terrorista”, disse o deputado.

    Questionado sobre a pressão de partidos de esquerda e lideranças pró-Palestina para que o Brasil também condene com veemência o cerco à Faixa de Gaza, Paulo Alexandre Barbosa disse ser contra igualar os dois lados do conflito.

    “Não cabe condenar ou repudiar Israel neste momento. O ponto de partida da guerra foi a ação terrorista do Hamas”.

    A Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara concentra todos os pedidos de moções de apoio ou repúdio, convocações e esclarecimentos feitos por deputados sobre a atuação e o posicionamento do governo brasileiro no conflito.

    Como presidente do colegiado, Barbosa tem a prerrogativa de barrar ou encaminhar as demandas.

    O deputado elogiou a atuação do Itamaraty, Forças Armadas e Governo Federal na repatriação dos brasileiros na região do conflito e disse que todos os pedidos de ajuda feitos ao parlamento foram atendidos.

    Barbosa também se disse contrário ao movimento de deputados que tentam o acordo de cooperação do Brasil com a Autoridade Nacional Palestina.

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