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    Após críticas por ‘priorizar bares’, Inglaterra prepara reabertura de escolas

    Pais e mães questionam decisões do governo sobre retorno dos alunos apenas em setembro, após autorização para bares e restaurantes reabrirem em julho

    Denise Odorissi, da CNN, , em Londres

    Com o alívio gradual da quarentena, algumas escolas secundárias foram autorizadas a reabrir na Inglaterra. Mas seguindo medidas de prevenção e com capacidade reduzida. Por enquanto, apenas um quarto dos alunos pode frequentar as aulas. Eles são encorajados a não andar em grupos e ir para a escola a pé, em vez de usar transporte público.

    Pouco mais de 9% dos alunos voltaram às escolas até agora. Mas o primeiro-ministro Boris Johnson espera que as aulas estejam totalmente normalizadas em setembro deste ano, quando começa o novo ano letivo. Segundo o governante, o espaço físico das escolas será adaptado se acordo com as orientações científicas para a prevenção do contágio pelo novo coronavírus.

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    As escolas serão orientadas a deixar sempre as janelas abertas, para melhorar a ventilação. Outras regras em discussão incluem: limitar a 15 o número de estudantes em cada sala de aula; alunos devem se manter a dois metros uns dos outros, sempre que possível; lavar as mãos com mais frequência; as turmas terão horários diferentes para entrada, saída e intervalo; material escolar e brinquedos não poderão ser compartilhados; e os pais devem evitar se aglomerar nos portões da escola.

    Durante a quarentena na Inglaterra, que começou em março, apenas crianças de famílias vulneráveis e filhos de trabalhadores essenciais puderam continuar indo à escola. Para os outros alunos, os professores disponibilizaram aulas on-line. Mas uma pesquisa mostrou que cerca de um terço dos estudantes não conseguiu acompanhar o conteúdo à distância. Por isso, as escolas receberão milhões de libras em verbas adicionais para poder providenciar aulas extras aos alunos que ficaram com a aprendizagem defasada nos últimos meses.

    O governo britânico tem sido criticado por permitir a reabertura de bares, restaurantes e pubs antes das escolas. O retorno das aulas chega a ser chamado de “urgência nacional” por parte da imprensa britânica. Além da perda de conteúdo, os pais reclamam de exaustão e de prejuízo ao desempenho profissional, por causa do acúmulo de tarefas domésticas. E dizem que os filhos estão solitários e deprimidos dentro de casa.

    Uma das justificativas do governo seria a dificuldade em fazer as crianças seguirem as medidas de prevenção nas escolas, principalmente as pequenas. A maioria delas, quando contaminada, não desenvolve sintomas, o que também dificulta o controle da pandemia. Além disso, a retomada das atividades da indústria do lazer, entretenimento e turismo em plena temporada de verão é a grande aposta do governo para reaquecer a economia do Reino Unido, golpeada pela pandemia.

    Quando os pubs da Inglaterra reabrirem, a partir de 4 de julho, não poderão ter apresentações artísticas ao vivo. Já os clientes precisarão manter pelo menos um metro de distância uns dos outros e terão que deixar dados pessoais antes de pedirem uma cerveja, para o sistema de rastreamento de contatos do governo, que tem o objetivo de mapear possíveis novos focos de infecção.

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