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    Organização Mundial de Saúde declara fim do surto de ebola no Congo

    Surto no país africano foi declarado em agosto de 2018 e foi o décimo registrado desde 1976

    Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante coletiva de imprensa sobre o novo coronavírus
    Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante coletiva de imprensa sobre o novo coronavírus Foto: Reprodução - 17.abr.2020/ Reuters

    Henrique Andrade, da CNN

    A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou, nesta quinta-feira (25) o fim do surto de ebola na República Democrática do Congo. O pronunciamento foi feito pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom. “Hoje é uma ocasião de felicidade, estou feliz em anunciar o fim do surto de ebola na República Democrática do Congo”, afirmou, em vídeo publicado no Twitter. Segundo a OMS, esse foi o segundo maior surto da doença, com 3.470 casos e 2.287 mortes.

    “A resposta ao ebola foi uma vitória para a ciência. A rápida distribuição de vacinas salvou vidas e conteve o contágio da doença. Pela primeira vez, o mundo tem uma vacina licenciada contra o ebola”, completou o diretor-geral.

    O surto no Congo foi declarado em 1º de agosto de 2018, e foi o décimo registrado no país desde 1976, segundo a OMS. Em 17 de julho do ano passado, a organização declarou emergência internacional de saúde pública, quando a doença se espalhou para a Uganda, país vizinho.

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    Segundo a OMS, mais de 16 mil voluntários da comunidade ajudaram no combate à doença e cerca de mil toneladas de suprimentos foram entregues à região. Os profissionais de saúde do país sofreram com 420 ataques desde 2018, número que atrapalhou a resposta ao ebola.

    “A missão não foi fácil, e parecia impossível em alguns momentos. O fim deste surto é um sinal de esperança para a região e para o mundo, mostrando que com solidariedade, ciência e coragem é possível controlar qualquer epidemia”, afirmou Matshidiso Moeti, diretor-regional da OMS para a África

    Entre 2014 e 2016, o continente africano enfrentou seu maior surto da doença. 28.616 casos e 11.310 mortes foram registrados em Guiné, Serra Leoa e na Libéria.

    Os sintomas do ebola são febre, fraqueza, dor muscular, dor de cabeça e dor de garganta. Se evoluir, a doença pode causar também vômito, diarreia, erupções cutâneas e hemorragias, com a taxa de fatalidade podendo atingir 90%.