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    Manifestantes protestam em Mianmar contra golpe; militares cortam internet

    Milhares de pessoas marcharam pelas ruas de Yangon, maior cidade do país, para pedir libertação de Aung San Suu Kyi e volta do regime democrático

    Da CNN, em São Paulo

    Protestos pró-democracia foram registrados na maior cidade de Mianmar neste sábado (6), com milhares de pessoas tomando as ruas de Yangon na primeira grande manifestação organizada desde que os militares tomaram o poder em um golpe no início da semana.

    A multidão, muitos dos quais agitando bandeiras e segurando cartazes, pediu aos militares que libertassem a líder civil deposta, Aung San Suu Kyi, e outros legisladores eleitos democraticamente, que foram detidos em operações antes do amanhecer de segunda-feira (1º).

    Gritos de “Exigimos democracia” podiam ser ouvidos vindos da multidão que marchava perto do centro de Yangon, levando o governo a impor um blecaute na internet.

    Dezenas de policiais, alguns com equipamento antimotim, inicialmente tentaram bloquear a rota do protesto, forçando a multidão a mudar de direção. 

    Testemunhas disseram que, depois da dispersão da marcha principal, uma série de protestos menores foram registrados, incluindo um na Universidade de Yangon, onde várias centenas de jovens se reuniram.

    A resistência ao golpe se provou inicialmente limitada, em parte devido às amplas dificuldades de comunicação, bem como aos temores de uma nova repressão.

    O serviço de monitoramento de Internet NetBlocks disse neste sábado que o país estava no meio de um segundo apagão de internet em “escala nacional”, enquanto os militares tentavam garantir seu controle do poder.

    De acordo com o NetBlocks, os dados da rede em tempo real mostraram que a conectividade caiu para 54% dos níveis normais e os usuários relataram dificuldade em se conectar.

    O Ministério dos Transportes e Comunicações de Mianmar ordenou o desligamento nacional da rede de dados no sábado, de acordo com a empresa de telecomunicações norueguesa Telenor Group, responsável pela Telenor Myanmar.

    O grupo escreveu no Twitter que o ministério citou “a Lei de Telecomunicações de Mianmar e referências à circulação de notícias falsas, estabilidade da nação e interesse do público como base para a ordem”.

    Embora as chamadas de voz e SMS permaneçam operacionais, o Grupo Telenor disse estar profundamente preocupado com o desligamento da Internet. A empresa afirmou que a Telenor Mianmar é uma empresa local e, portanto, “está sujeita à legislação local e precisa lidar com esta situação irregular e difícil”.

    “Lamentamos profundamente o impacto que a paralisação teve sobre a população de Mianmar”, disse a Telenor.

    (Com informações de Carly Walsh, da CNN)

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