EUA ordenam que chefe do FDA autorize nesta sexta vacina da Pfizer ou se demita
Painel de especialistas recomendou que a agência diga sim ao pedido das farmacêuticas para poder utilizar o imunizante emergencialmente no país
O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, exigiu que o FDA, agência americana equivalente à Anvisa, autorize ainda nesta sexta-feira (11) o uso emergencial da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer.
A exigência foi feita em um telefone para Stephen Hahn, chefe do FDA.
Meadows disse a Hahn, segundo fontes confirmaram à CNN, que se ele não puder garantir a autorização à vacina da Pfizer ainda nesta sexta, deve renunciar ao seu cargo.
Na quinta-feira (10), o painel do FDA, compostos por especialistas independentes, recomendou por maioria a autorização do uso emergencial da vacina desenvolvida pela Pfizer e pela alemã BioNTech em americanos maiores de 16 anos.
Segundo fonte, a pressão sobre Stephen Hahn se intensificou depois de o imunizante das empresas começar a ser utilizado em uma vacinação nacional no Reino Unido. Procurado pela CNN, Hahn amenizou o conteúdo da conversa.
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“Essa é uma representação inverídica da ligação com o chefe de gabinete. O FDA foi encorajada a continuar trabalhando de forma acelerada com o pedido da Pfizer-BioNTech. O FDA está comprometido a analisar essa autorização rapidamente, assim como afirmamos em nosso comunicado desta manhã”, afirmou.
Pesquisas
O imunizante da Pfizer-BioNtech requer duas doses para ser eficaz, e a segunda é aplicada três semanas após a primeira. As empresas fecharam um acordo nos Estados Unidos para fornecer 100 milhões de doses, cada uma a US$ 19,50 (aproximadamente R$ 102).
Os resultados das pesquisas conduzidas pelas duas empresas foram publicados nesta quinta no New England Journal of Medicine, uma das revistas especializadas mais respeitadas do mundo. Os números apontam que a vacina tem eficácia de 95% após as duas doses.
Os estudos contemplaram 43.448 pessoas, sendo que metade recebeu a vacina BNT162b2 e a outra metade recebeu o placebo.
A taxa de eficácia significa, na prática, que a cada 100 pessoas que receberam o imunizante durante os testes, 95 desenvolveram a proteção contra a Covid-19. De acordo com os estudos, a proteção começa a ser verificada parcialmente em pessoas vacinas a partir de 12 dias da aplicação da primeira dose.
(Com informações de Kaitlan Collins, Kevin Liptak e Jim Acosta, da CNN)